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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Borba: António Anselmo faz balanço de mandato e diz que “nestes dois anos, conseguimos manter a política de proximidade, numa terra pequena e que já foi muito rica e que neste momento está em dificuldades” (c/som)

O presidente da Câmara Municipal de Borba considera que a sua gestão da autarquia tem sido positiva.

Em entrevista à Rádio Campanário, António Anselmo falou sobre os projetos já concretizados, aqueles que pretende vir a realizar e ainda a deslocalização da Feira do Queijo, o Parque de Feiras e o Pavilhão Multiusos.

O autarca borbense começou por fazer o balanço desde 19 de outubro de 2013, considerando que “é um balanço positivo, conseguimos em termos económicos reduzir substancialmente a divida em dois milhões e oitocentos mil euros (…) de qualquer das maneiras conseguimos em termos financeiros e económicos equilibrar e chegamos a este ano de 2015 dentro dos limites do endividamento que nos permite pedir um empréstimo para pagar o PAEL (…) se tudo correr como estamos a pensar, a meio do ano de 2016 teremos uma resposta relativamente ao empréstimo que queremos fazer a 18 anos, que se pode considerar a longo prazo”.

Questionado, António Anselmo refere que será um empréstimo de cerca de 4 milhões de euros, (…) fizemos o PAEL com três milhões e oitocentos mil euros, vamos fazer o empréstimo exatamente no valor do PAEL, com prazo de pagamento de cerca de 18 anos, estou extremamente satisfeito com o trabalho que temos feito e com a equipa que se criou e que começou comigo e com o Joaquim Espanhol, entretanto entrou o Joaquim Serra que de certa maneira foi uma mais-valia, mas as mais-valias valem o que valem, mas somos pessoas equilibradas, adultas e sabemos o que queremos”.

“Têm sido feitas obras pequenas, desde parques infantis, casas de banho em determinados locais, nomeadamente no Barro Branco, uma Escola Primária transformada em casa Mortuária e espaço infantil em Rio de Moinhos, temos feito as coisas como devem ser feitas”, destaca.

O autarca diz que o que mais lhe agrada “é que nestes dois anos, conseguimos manter a política de proximidade, é fundamental numa terra pequena e que já foi muito rica e que neste momento está em dificuldades como toda a gente sabe”, acrescentando, “as pedras falharam, o vinho funciona bem, a agricultura de certa maneira funciona, mas não há outras alternativas aqui em Borba (…) neste momento Borba é vinho, é vinha e devia ser vinho, azeite, pedras e outro tipo de indústria ou de atividades complementares que seriam importantes para o concelho”.

Relativamente ao aumento do número de desempregados no concelho, António Anselmo diz que é uma situação que o preocupa, considerando que a câmara não devia ser um empregador, “quem deve empregar são as empresas e espero que este novo quadro 2020 onde há muitos incentivos às empresas, permita a fixação de empresas e que aqueles que cá estão se remodelem, se renovem e invistam (…) para criar postos de trabalho”.

“As empresas que eram muito importantes e muito fortes, as das pedreiras, extração e transformação, têm cada vez menos gente, a vinha consegue estar a um nível muito alto e cada vez melhor, mas é também sazonal porque as adegas têm pouca gente a trabalhar (…) mas estou convencido que Borba precisava de outro tipo de alternativa (…) temos uma zona industrial que se pensou fazer no Alto do Bacelo, que na minha opinião vale o que vale, e se for a faixa ao lado da estrada do Barro Branco que possa fixar industria, não vejo necessidade de uma grande zona industrial”, assinala.

António Anselmo diz ainda que na Orada, “até março do ano que vem, vamos rever os preços dos lotes industriais para tentar que as pessoas se fixem e produzam (…) existem pessoas interessadas mas os lotes são caros e numa altura destas é obrigação da câmara tentar arranjar condições para as pessoas se fixarem, é nossa intenção e obrigação”.

A Feira do Queijo e a sua deslocalização também foram abordadas nesta entrevista. O autarca borbense entende que a iniciativa “é uma mostra de produtos tradicionais ou de produtos do concelho” e não Feira do Queijo, “vai ser na Páscoa (…) e fazer neste mesmo pavilhão uma mostra muito grande dos vinhos do concelho, dos queijos, dos enchidos, dos azeites, e tentar uma mostra de produtos económicos da região, o que me importa é divulgar toda a atividade económica do concelho nesta fase da Páscoa”.

António Anselmo falou ainda sobre o Pavilhão de Eventos, “tem um inconveniente muito grande, o pavilhão existe mas tem um inconveniente muito grande, tem rés-do-chão e 1º andar mas enquanto não for feito o Parque de Feiras esse pavilhão não é corretamente aproveitado, (…) é um projeto muito caro e não vale a pena ter ilusões de que o vamos começar a fazer já, mas em 2017 estou convencido que podemos fazer esse pavilhão (…) espero que na altura da Festa da Vinha e do Vinho 2017, esse pavilhão possa ser utilizado e rentabilizado, independentemente de quem cá estiver”.

Para 2016, o presidente da Câmara Municipal de Borba prevê a remodelação “das águas em baixa, canalizações muito antigas e que precisam ser remodeladas faseadamente e vamos fazê-lo, na Freguesia de Rio de Moinhos e da Orada (…) dois parques infantis, coisas pequenas, um que vai ser remodelado na Nora (…) estou com a intenção da estrada de ligação da ADC Mármores, ser feita porque é uma mais-valia e poderá ser comparticipada (…) no fim de contas coisas muito pequenas que fazem falta às pessoas e que são objetivamente fáceis de fazer por nós, com apoios ou sem apoios”.

 

 

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