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“Se nós quiséssemos eleger um ‘vereadorzinho’ íamos sozinhos a votos”, diz vice-presidente do Movimento Independente Unidos por Borba (c/som)

MUB – Movimento Unidos por Borba, o movimento independente que no ano de 2013 chegou ao poder local, ganhando as eleições autárquicas, pondo fim a 12 anos de politicas socialistas.

António Anselmo, actual Presidente da Câmara Municipal de Borba, encabeçou o movimento e está há 3 anos à frente dos destinos do concelho.

2017 volta a ser palco para novo processo eleitoral, o MUB encontra-se num processo decisório e de reflexão interna.

À Rádio Campanário, falaram os seus dirigentes, o Presidente, Ricardo Lapão e o Vice-Presidente, Diogo Sapatinha, que ocupava, este último, o 5° lugar na lista que concorreu à Câmara, assuntos como “desagrados com o executivo actual e ii, ou não ir a eleições em 2017” foram pontos fulcrais desta entrevista.

O Presidente do MU, explicou um pouco o processo de 2013, dizendo “que o movimento surge porque era oportunidade de dar uma reviravolta nos 12 anos de PS. O grupo começa com 8, 9 pessoas, rapidamente passou a 50 e conseguimos 250 pessoas nas listas a dar a cara ao nosso lado. Neste momento tem 60 sócios.” O responsável explica, que a sua direção é “a terceira direção do MUB, que tomou posse em setembro de 2016”, salientando que “pegámos num grupo completamente desiludido e quisemos tentar dar um abanão. Estamos a tentar que aconteça o mesmo que aconteceu em 2013.”

O Presidente do movimento fala ainda sobre o porquê das pessoas estarem desiludidas, “queríamos ter voz na matéria, criámos um movimento para as pessoas e não conseguimos. O atual Presidente afastou-se do MUB, levou só as suas ideias avante e o MUB ficou sem ser ouvido. Penso que tentou fazer o melhor que conseguia, mas o balanço podia ser muito mais positivo.” Acrescendo que “o que desagregou ao MUB foi a falta de dinâmica, de transparência, de confiança, a juventude ficou esquecida totalmente durante estes 3 anos”.

O Vice-Presidente do MUB diz também que “no programa do MUB, para a Câmara estão 15 pontos e era esses pontos que nós gostaríamos de ver cumpridos. Eram medidas que não envolviam nenhum dinheiro, envolviam trabalho e era nesse trabalho que quem apoiou esperava participar”, no entanto, sem conseguir enumerar qualquer uma delas à Rádio Campanário.

A situação atual e as decisões do movimento independente foram mencionadas pelo Presidente, que diz “o MUB está com vontade de concorrer, que após ouvirmos todas as pessoas, foi votado em Assembleia Geral (AG), se o actual Presidente do concelho, António Anselmo, era o candidato às eleições. Mas 70% dos sócios votou que não, 13 SIM, 28 não. Com nova AG em 21 de janeiro de 2017, resultou que o MUB neste momento não deveria candidatar-se às próximas eleições de forma isolada, pensando nas pessoas e no concelho.”

Diogo Sapatinha acresce mesmo que “o concelho de Borba tem 6000 eleitores, votam 4000, 3900. Tradicionalmente havia 3 partidos a concorrer, CDU, PSD e PS, o que era relativamente fácil ganhar com maioria. Com a entrada do MUB passamos a ser 4 forças politicas. Para 2017, continuamos com as mesmas 4 forças e com a entrada, já certa, do Bloco de Esquerda, passamos a 5 forças num universo de 3900, 4000 votantes”.

Questionado se o MUB recua perante o aparecimento do Bloco de Esquerda, como afirma o Vice-Presidente, este frisa “o MUB, não recua, o MUB vai procurar integrar um movimento mais vasto para que possa garantir uma maioria estável na Câmara de Borba. O MUB vai concorrer coligado com uma outra força, temos falado, mas ainda não está definido”. Perante a questão se a outra força, será o Partido Socialista, este responde que “têm várias propostas em cima da mesa mas ainda não está decidido”.

O Presidente do Movimento Independente Unidos por Borba afirma, “o MUB não irá a eleições sozinho, pensando que o melhor projeto será associar-se com outra força politica. Estamos a estudar um projeto e a discutir internamente, avançar ou não. Foi a votação e 14 votaram SIM, 12 não e houve 2 abstenções. Nesse projeto houve mudanças de ideias e pessoas, uma renovação onde encontrámos coincidências”.

O Vice-Presidente do MUB termina dizendo que “quaisquer 500 votos dá para eleger um vereador de cada partido, o partido mais votado teria o Presidente. E como é que se governa uma Câmara assim? É quase impossível. Queremos o melhor para a população e para o concelho, e ter um projeto agregador que consiga ter uma maioria absoluta, ou uma maioria clara que possa fazer uma coligação estável, e o melhor”. O responsável acresce ainda que “se quiséssemos ser egoístas e olhar para nós, ter o nosso ‘vereadorzinho’, nós iríamos a eleições sozinhos”.

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