Estas são as palavras de Inácio Esperança, presidente da Câmara de Vila Viçosa, a propósito do congresso “Portugal Restaurado”, esta quinta-feira, no Cineteatro Florbela Espanca.
Texto| Filipe Trindade
“A batalha de Montes Claros resulta do cerco a Vila Viçosa e da tentativa das tropas portuguesas salvar a vila”, relembrou o autarca, acrescentando que “o local de encontro entre os exércitos acontece em Montes Claros, concelho de Borba, mas Vila Viçosa tem um papel central na Restauração da Independência. Daqui saiu o Rei restaurador e a estratégia para implementar de novo a independência de Portugal”.
O autarca salientou ainda que “quem perdeu fomos nós, porque, com a saída do Duque daqui tornando-se Rei, Vila Viçosa tornou-se mais pobre”.
Inácio Esperança afirmou ainda que “se não existisse Vila Viçosa não existia esta batalha. Foi na sequência do cerco à vila que as tropas de Lisboa vieram ajudar a combater os espanhóis, numa guerra que durou cerca de 30 anos”. “Portugal deve muito a vila Viçosa e a D.João IV”, reforçou.
Carlos Filipe, coordenador do CECHAP – Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Património – revelou que “este congresso é a propósito dos 360 anos da batalha de Montes Claros e tem como objetivo trazer uma perspetiva global sobre diversas questões que foram colocadas ao longo da história e de certa forma estão a ser ainda hoje questionadas”. “É um marco histórico para Vila Viçosa no ponto vista do seu património”, acrescentou.
“Esta batalha de montes claros foi decisiva ao ponto de hoje ainda as fronteiras que são conhecidas entre Portugal e Espanha ainda se manterem”, referiu o coordenador, acrescentando que “Vila Viçosa era um centro politico e a batalha veio provar como foi possivel circunscrever o património que a Casa Bragança representava para o reino e para o império”.
A Rádio Campanário esteve presente e mostra-lhe as fotografias do congresso:



























