Será que estamos preparados para os novos desafios impostos pela tecnologia? O risco das dependências, dos comportamentos aditivos. As redes sociais, os videojogos. O alerta chega-nos à boleia da série da Netflix “Adolescência”, que despertou o Mundo para uma comunicação das novas gerações que até os mais novos – geração dos atuais 20 anos – desconhecia.
O tema foi abordado na Hora do Café com um diversificado painel: Ana Basaloco, mãe, professora do 1º ciclo e responsável pelo setor público da Câmara de Estremoz, Beatriz Dores, aluna do mestrado do Politécnico de Portalegre, Teresa Andrade, psicóloga, Técnica superior da Segurança Social de Évora, Lopes Pereira, responsável da Unidade Local de Investigação Criminal de Évora da PJ, e Rui Sá, diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa.
Em cima da mesa “Adolescência: ficção ou realidade?” Há quem garanta que a série que tanto chocou retrata apenas a triste realidade atual, com a crescente desumanização, objetificação e violência contra as mulheres por parte de rapazes cada vez mais jovens.
O certo é que esta “Adolescência» já é considerada a série televisiva do ano, tratando-se de um drama criminal da Netflix escrito por Jack Thorne e Stephen Graham, chama a atenção para o impacto das redes sociais entre menores, conquistando em poucas semanas a liderança do ranking em 79 países, incluindo Portugal.

Por decisão do primeiro-ministro britânico, será exibida em todas as escolas do Reino Unido, tendo Keir Starmer, no seu papel de pai, partilhado que “foi muito emocionante” ver a série com os filhos adolescentes, porque “todos precisamos destas conversas”.
Está aberto o debate em torno do ‘estado de emergência’, que há 4 anos exigiria um ‘plano de contingência’, por risco de morte iminente. Urge criar medidas efetivas e leis duradouras, para repensar a segurança dos menores, evitando que sejam ainda mais arrastados para o “turbilhão de ódio e misoginia”.