Confirmaram-se as previsões dos últimos anos: à medida que a área de amendoeiras vai conquistando espaço no Alentejo e a produção entra em velocidade de cruzeiro, a região consegue impulsionar o setor. Os dados agora revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) atestam no terreno o peso que o Alentejo já representa. E promete crescer mais.
As mais recentes previsões agrícolas do INE afirmam que a entrada em plena produção de muitos pomares intensivos no Alentejo “é o fator determinante para o aumento estimado de 20% da produtividade, face à campanha anterior”.
Enquanto em Trás-os-Montes – até aqui a região que mais produzia amêndoa – o vingamento do fruto foi prejudicado pelas chuvas e baixas temperaturas, afetando principalmente as variedades de floração mais precoce e os pomares mais expostos, o Alentejo garantiu que, globalmente, a produtividade possa aumentar mais 15% face a 2023.
Um contributo da região para que o país ultrapasse as 1,1 toneladas por hectare, que traduz a produção mais elevada dos últimos 30 anos. Adianta ainda o INE que a colheita da amêndoa decorre a bom ritmo devido à ausência de chuva durante o mês de agosto, “permitindo a adequada secagem da casca, o que facilita a britagem e a conservação do miolo”.