Os distritos de Évora e Beja registam mesmo os números mais elevados de atropelamentos no país (ao lado de Setúbal), enquanto Portalegre fica mais atrás, apesar de exibir uma realidade também preocupante.
As estatísticas avançadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) sublinham que no prazo dos quatro anos analisados foram atropelados 400 cães e gatos nas estradas do Alentejo, tendo em linha de conta as ocorrências reportadas apenas à GNR reveladas no primeiro Censo Nacional de Animais Errantes.
A maioria das colisões com estes animais teve lugar no distrito de Beja, num total de 182, enquanto o distrito de Évora registou 118 e o de Portalegre 100, sendo os cães os mais visados neste tipo de acidentes.
Já a nível nacional e somando os animais domésticos e silvestres, o Relatório de Monitorização da Mortalidade de Fauna assinala que em 2023 ocorreram 1 539 atropelamentos (em 2022 tinham sido 2 147). Ainda assim, os animais domésticos continuam a ter um peso considerável, já que este grupo constitui cerca de 32% dos registos totais do ano passado.
“Com um total de 488 registos em 2023, os animais domésticos atropelados estão representados principalmente por gatos (72%) e cães (24%)”, segundo revela o relatório da empresa Infraestruturas de Portugal.
Perante estes números que elevam a preocupação junto das autoridades, o ICNF alerta para a necessidade de serem alargadas barreiras nos chamados “pontos negros”, tendo o objetivo de procurar minimizar o risco de atropelamento de cães e gatos.
Ressalva o mesmo organismo que, além do impacto na saúde dos animais, estas colisões podem provocar danos físicos e psicológicos nos próprios condutores, pelo que se torna prioritário ajustar medidas que ajudem a prevenir este tipo de sinistros nas estradas da região.