Está aí a época crítica em que a lagarta do pinheiro (ou processionária) representa maior perigo em caso de contacto com os humanos, traduzindo efeitos nocivos como irritações na pele, nos olhos e no aparelho respiratório, que podem chegar ao enfraquecimento e até vertigens. Para os cães e outros animais, o contacto com a lagarta pode mesmo ser fatal.
O alerta dado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) mantém-se atual há vários anos, sobretudo porque nos últimos tempos há o registo no Alentejo de “ataques de elevada intensidade desta praga”, que são atribuídos, principalmente, às condições climáticas.
As lagartas libertam milhares de pelos urticantes que se espalham pelo ar, podendo causar graves reações alérgicas, pelo que a DGS alerta que nas “escolas e outros locais onde estejam presentes crianças, deve-se impedir o seu acesso à zona das árvores atacadas”, sobretudo nesta época do ano, quando as lagartas descem dos pinheiros. Os cuidados devem de ser redobrados até abril.
As autoridades de saúde chamam a atenção para a necessidade de se avançar com um método preventivo do aparecimento da praga, aconselhando a colocação de armadilhas sexuais para captura das borboletas macho nos pinheiros antes do final da primavera.
Os tratamentos inseticidas com os produtos autorizados só são eficazes nos primeiros estádios de desenvolvimento das lagartas, geralmente entre setembro e meados de novembro. A destruição mecânica dos ninhos até finais de dezembro, sempre que possível de efetuar, é um excelente meio de limitar a praga.
Outra solução. As chamadas procissões de lagartas, que podem ocorrer até abril, são uma oportunidade para intercetar e destruir este inseto antes que se enterre no solo.
Segundo as investigações já realizadas em torno do comportamento das lagartas, o problema é quando descem das árvores em direção ao solo, precisamente à procura de um sítio onde se possam enterrar e completar o ciclo de vida.
Há quem considere que a melhor solução seja o abate das árvores, mas os especialistas garantem que essa medida é errada e desnecessária, sugerindo antes a colocação de cintas adesivas, quando os ninhos não são muito grandes, podendo instalar-se nos troncos uma espécie de mangas com um líquido – pode ser água – que impeça as lagartas de fazerem o percurso até ao solo.