O apagão que ontem atingiu Portugal continua a estar na ordem do dia. O conselho de ministros está reunido esta terça-feira e há poucos instantes o Primeiro-ministro Português falou ao País destacando a “esposta altamente positiva e forte” dos portugueses perante uma situação grave, inédita e inesperada.
Face à situação vivida, o Primeiro-Ministro anunciou já algumas medidas, decididas na reunião que ainda decorre, nomeadamente a decisão de prorrogar a função de black start do sistema da central da Tapada do Outeiro “até 2030”, já inicialmente acordada até 2026. Além disso, Luís Montenegro anunciou ainda a inserção, na função de black start, das centrais do Alqueva e do Baixo Sabor.
A função de “black start” refere-se à capacidade de uma central elétrica (ou um sistema de transmissão) reiniciar a geração e distribuição de energia elétrica após um apagão total, ou seja, quando não há energia na rede. Este processo permite que as centrais voltem a operar de forma autónoma, sem depender de uma fonte externa de energia.
“Se há ilação que já podemos tirar é que a central da Tapada do Outeiro e de Castelo de Bode são insuficientes para habilitar o sistema a um reinício numa situação de crise como ontem vivemos”, concluiu o Primeiro Ministro reiterando que estas centrais são “eficientes”, mas que a sua capacidade de resposta deve ser “mais célere”.
Neste conselho de ministros foi ainda decidido solicitar à agência de cooperação dos reguladores de energia da UE a realização de uma “auditoria independente” para “o apuramento cabal das causas que estiveram na origem desta situação” assim como criar uma comissão técnica independente em Portugal para “avaliação aos mecanismos de reação e gestão desta crise” nas diferentes áreas.
