O Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, congratula-se com a eleição do novo Papa. O Arcebispo de Évora, saudou com “grande alegria” o novo Sumo Pontífice referindo ” a fidelidade da Igreja Eborense, sentindo no sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, aquelo que preside à comunhão da caridade entre as igrejas. Eis-nos com Leão XIV em comunhão nesta estrada que percorremos juntos a Igreja de Évora e a Igreja de Roma”.
O Prelado eborense destacou que “Leão XIV é um homem muito interessante no sentido daquilo que pode ser a sua contribuição para o momento histórico. O Papa preside à Igreja, podemos dizer que faz a união do cristianismo, cada vez mais aparece como uma referência que une todos os discípulos de Jesus, preside da igreja católica evidentemente e às igrejas orientais unidas ao Papa, e ao mesmo tempo é uma marca muito decisiva no mundo para a esperança da humanidade”.
“O Papa Leão XIV é um homem dos Estados Unidos da América, um missionário, é alguém que é agente da promoção humana, alguém que vai em missão para o Peru, para um povo bem marcado pela pobreza e pelo sofrimento, pela discriminação, a precisar de libertação. Há aqui, portanto, uma referência muito interessante que deve fazer pensar os Estados Unidos”, referiu o Prelado eborense.
D. Francisco Senra Coelho evidencia ainda que “o novo Papa é um norte-americano do lado de lá da fronteira, do lado daqueles que são marcados pela exclusão. “Ele esteve com aqueles que hoje são migrantes. Quantos peruano vão para os Estados Unidos e quantos não serão rejeitados. Ele está do lado dos rejeitados, dos que sobram, na periferia da América do Norte. Ele é um americano com uma experiência do lado de lá da fronteira, ou seja, daqueles que são marcados pela exclusão, pelo resto, pela sobra, aquilo que se põe de lado no prato, que não serve”.
Sobre o nome, o Arcebispo de Évora recorda o Papa Leão III para dizer que Leão XIV é o Papa de uma nova época que está a nascer marcada pelo digital e pela inteligência artificial. “Penso que este Papa, ao escolher o nome Leão, talvez tenha tido em conta o tempo novo que o espera”, conclui o Arcebispo de Évora.