Tudo a postos para celebrar Abril em Borba. Estamos no pátio dos Paços do Concelho, onde daqui pouco sobe ao palco “A Madrugada e o Dia Seguinte”. Vêm por aí músicas com história, num reportório que começa e termina com as duas mais célebres senhas. Do “E depois do adeus” à “Grândola vila morena”. Foi na noite desta quinta-feira, 24 de abril. O dia 25 entrou ao som do fogo de artifício.
Regressemos ao espetáculo para escutar Julinha Brinquete antes de mais uma atuação. É uma das vozes do grupo, ao lado de Ana Magarreiro. Afinal, o que significa “cantar Abril” pelos dias de hoje?

“É uma grande responsabilidade. Tentamos defender, com profissionalismo temas tão importantes da nossa revolução e da nossa liberdade”, responde a vocalista, assumindo que a canção “ainda é uma arma, se usada corretamente”.
O grupo fez uma espécie de “périplo” pela música de intervenção da época e até puxou pela pedagogia, deixando apontamentos sobre os tempos da censura e das mensagens que poetas e compositores iam deixando entre as obras.
O presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, saudou Abril e pediu um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco.










