Irredutível. O autarca Olímpio Galvão garante que a Câmara de Montemor-o-Novo está contra a prospeção de ouro em áreas protegidas do concelho. É a resposta à empresa internacional, com sede em Gibraltar, e outra nacional, com apenas 500 euros de capital social, que pretendem encontrar ouro numa de área de quase 500 quilómetros quadrados.
Olímpio Galvão alerta que metade dessa área fica dentro de zonas protegidas, onde existe património arqueológico de valor único no mundo, enquanto a empresa se propõe retirar 500 toneladas de ouro. Porém, cada tonelada de terra contém menos de dois gramas do mineral precioso.
E as contas estão feitas: “para se conseguir extrair 500 toneladas de ouro é preciso revolver 250 milhões de toneladas de sedimentos numa zona de proteção de natureza com ecossistema riquíssimo”, sublinha o autarca, destacando ainda que é por aqui que vive aquela que será a maior comunidade de morcegos do país.
Olímpio Galvão acrescenta ainda para o “crime ambiental” que iriam representar as lagoas estanques com lixívia e mercúrio – utilizadas para lavar os sedimentos – que iriam ficar na região para sempre.