Segundo noticia avançada hoje pela SIC, Carlos Quaresma, emigrante e antigo jogador de futebol do Benfica, que ficou conhecido por trazer material hospitalar e ortopédico da Suécia para distribuir em Portugal pode afinal ter burlado autarquias e instituições.
Carlos Quaresma dizia-se fundador de uma associação de beneficência e oferecia camas articuladas, cadeiras de rodas e outro equipamento, dispensado pelos hospitais suecos. Em troca, pedia o pagamento do transporte, feito em camiões, por cerca de cinco mil euros, e de um imposto de selo, no valor de oito mil euros, num total de 13 mil euros. Segundo apurou a estação de Carnaxide esse imposto, afinal, não existe.
O caso está a ser denunciado pela fundação sueca Agape, que já apresentou queixa à polícia. Algumas autarquias ponderam fazer o mesmo em Portugal.
A burla pode ultrapassar um milhão de euros.
A Câmara Municipal de Vila Viçosa foi uma das autarquias a aderir ao projeto. Em reação à notícia, o presidente do município calipolense, Luís Roma, diz desconhecer em pormenor o caso mas defende que a “verdade deve vir ao de cima”.
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Refira-se que em maio de 2010 chegaram a Vila Viçosa cerca de nove toneladas de material ortopédico e hospitalar, que foi posteriormente distribuído por diversas instituições de solidariedade social
Para receber esta remessa o município assegurou o pagamento de 13 mil euros.