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Comentário Semanal do eurodeputado, Carlos Zorrinho, aos microfones da Rádio Campanário (c/som)

Na Revista de Imprensa desta terça-feira, 01 de junho, contámos com o comentário do eurodeputado do PS, Carlos Zorrinho.

No comentário de hoje, o primeiro tema abordado foi sobre o impacto da suspensão das medidas de restrição, e o Eurodeputado referiu: “Já ouvi o ministro das finanças referir que, noutros países em que houve uma antecipação destas suspensões houve um processo de adequação, e esses impactos não foram tão grandes na economia, como se definia, houve também, neste período da pandemia, um grande aumento da taxa de poupança, na economia portuguesa e na economia europeia”, reforçando ainda que “A OCDE duplicou a previsão de crescimento da economia Portuguesa, quer para este ano, quer para o ano que vem

Seguiu, o discurso para outro tema, desta vez o crescimento do PIB deste ano e do seu crescimento para o próximo ano: “É um crescimento importante, claro que a OCDE faz estas projeções, tendo em conta, também a melhoria de parte da situação pandémica… Eu estou convencido que, daqui a um/dois meses, o receio que ainda existe de haverem novas estirpes, que possam ser resistentes, se desvanecer e se as pessoas perceberem, que, ainda com alguns cuidados, podem voltar a uma certa vida normal. Com esta bazuca nós vamos ter um impulso económico”..

Em seguida, partiu para um tema quente, o final da polémica que surgiu na liga dos campeões, o Eurodeputado refere não existir nenhuma relação de evidência entre os festejos do Sporting e o aumento dos casos de Covid: “Não houve evidência, de uma relação direta, entre o chamado festejo do sporting e o aumento dos casos, a DGS apenas reportou 20 casos, que me recorde, relacionado com os festejos do sporting”, mas que “é preciso fazer um apelo para haver contensão, para haver práticas de cuidado, porque começa a haver uma propensão para as pessoas estarem juntas”.

Prossegue referindo que, neste caso, é necessário separar as águas, “é preciso fazer aqui uma pedagogia forte do que aconteceu. Tem que ser dividido em duas partes”.

Uma coisa foi a chamada bolha que são aqueles adeptos que chegaram, foram do aeroporto para o estádio, do estádio para o aeroporto, e na generalidade essas coisas correram bem. Agora não devemos esquecer é que, também havia muitos britânicos e aliás pessoas de outros países que gostam de futebol e que podiam entrar normalmente no porto como turistas” … “se o país tivesse fechado, a bolha poderia ter sido uma bolha perfeita. Com o país aberto isso é quase impossível”.

Para terminar Carlos Zorrinho falou ainda sobre o processo instaurado ao MAI, por causa dos vistos SEF, que estão a ser atribuídas vagas para autorização de residência, para trabalhos que podem estimular a corrupção, sobre o assunto, referiu: “Se há essa perceção é bom que se investigue, porque o SEF é uma força de segurança de fronteiras e, portanto, tem que estar fortemente conectada, no combate à corrupção e não no seu favorecimento… Se há dúvidas que se esclareçam”.

Já sobre a reunião de avaliação, do infarmed, para avaliar a situação epidemiológica, e uma possibilidade de desconfinamento em três fases.

Como vê este desconfinamento, tem um risco elevado. É preciso muito bom-senso e ter a ideia de que a legislação tem que fazer sentido para os cidadãos. Se a legislação for frágil, somos nós todos que perdemos, se a legislação for excessiva, ela acabará por não ser cumprida e enfraquecerá o estado. É preciso um grande bom senso, acho que o desconfinamento gradual, controlado, mas deixando um espaço suficiente para a PSP acompanhar aquilo que é a perceção das pessoas.

É normal que o medo em relação a esta pandemia, comece a reduzir-se na população. É preciso fazer essa gestão, o desconfinamento do medo, do fechamento e nós próprios, mas com regras e com capacidade de ir monitorando, e tomar medidas se for necessário, para controlar qualquer desvio, de uma progressiva normalização”.

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