Na Revista de Imprensa desta sexta-feira, dia 20 de outubro, contámos com o comentário do Eurodeputado José Gusmão do Bloco de Esquerda. Greve de professora-braço de ferro sem fim à vista e a proposta de Orçamento de estado para 2024.
Os temas abordados no dia de hoje foram: Portugal está entre os Países onde o Salário Médio subiu mais do que a inflação, taxa da inflação na zona Euro voltou a abrandar para 4,3% e
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do BE começou por referir “o salário médio é um mau indicador averiguado da evolução dos salários porque é muito influenciado pelos extremos” acrescentando “Portugal tem um problema de há várias décadas que é a proximidade entre o salário mínimo e o salário mediano”.
Ainda sobre esta matéria José Gusmão referiu “este problema foi utilizado pela direito para se opor aos acordos que vêm desde o tempo da geringonça sobre o aumento faseado do salário mínimo e esse sim tem evoluído.”
O nosso comentador considera ainda que “hoje temos outros desafios a enfrentar” realçando que “esta evolução sistemática do salário mínimo desde 2016, bem acima da inflação , recuperando uma parte do valor real que tinha vindo a perder, deu um contributo importante para a evolução deste item.”
No que diz respeito ao segundo tema, José Gusmão começa por salientar “o abrandamento da inflação tem estado associado ao abrandamento da inflação nos dois tipos de bens que a provocaram no início” explicando ainda que “estrangulamento do lado das cadeias de produção e pelo aumento do preço dos combustíveis e bens alimentares associados à guerra da Ucrânia.”
Apesar de terem existido algumas medidas que permitiram atenuar estes efeitos, José Gusmão refere “considerando que a Guerra da Ucrânia já começou há mais dano é normal que se sinta um efeito estatístico de abrandamento da inflação.”
“Tudo isto era expetável e por isso é tão disparatada a política que está a ser seguida pelo Banco europeu que não faz absolutamente para resolver o problema da energia e dos bens alimentares” acrescentou ainda o nosso comentador.
No que diz respeito ao terceiro e último tema referiu “o governo decidiu fazer um orçamento para calar a direita , apresentando o orçamento que a direita queria, com um orçamento direcionado para um alívio fiscal que está concentrado na classe média/alta e que representa um rombo na capacidade do estado responder aos enormes desafios que tem em todas as áreas do estado social.”