Neste fim de semana comemorou-se do dia de São Nuno de Santa Maria, em Vila Viçosa a RC marcou presença e teve a oportunidade de conversar com, D. Duarte Pio de Bragança.
Da “Igreja à espada” O Condestável foi defensor e herói, sendo o patrono das Forças Armadas. Perguntamos a D. Duarte Pio qual era a sua opinião sobre este ideal. “o Patrono do Estado-Maior é São Nuno, e eu concordo plenamente com essa escolha, a decisão foi tomada pelo Ministro da Defesa da época, com o apoio unânime das chefias militares portuguesas.”
Além disso, São Nuno também é o padroeiro desta igreja de Nossa Senhora da Conceição, teve um papel fundamental na sua construção, na altura teve acesso a recursos financeiros significativos, uma vez que o rei lhe concedeu os bens das famílias que haviam sido desapossadas em conflitos relacionados com os castelhanos. Estes bens foram nacionalizados e, em vez de serem desperdiçados, São Nuno utilizou-os de forma eficiente.
“Um terço desses recursos foi destinado a apoiar os militares que haviam combatido por Portugal, outro terço foi para ajudar pessoas em dificuldades, vítimas e para a Universidade de Coimbra, fundada pela filha de São Nuno, que havia casado com o primeiro Duque de Bragança. O terço restante foi doado a ordens religiosas, com a condição de criarem instituições de serviço público aqui no Alentejo e em todo o país.
Essas instituições desempenharam um papel crucial na saúde pública e na educação básica. Toda a educação era proporcionada pelas ordens religiosas. Infelizmente, essa herança foi perdida quando os liberais tomaram o poder e confiscaram conventos e mosteiros, sendo um dos maiores saques da história de Portugal“, explicou D. Duarte Pio.
Quando questionado sobre o que o Santuário da Imaculada Conceição pessoalmente representa para ele, D. Duarte Pio respondeu: “Este Santuário da Imaculada Conceição diz-me que é fundamental seguir o exemplo de São Nuno, e guiar Portugal de volta ao caminho de Deus, em vez de seguir um caminho de perversão, como parece estarmos atualmente encaminhados.
“Temos leis que contrariam frontalmente a vontade de Deus, e todos sabemos quais são essas leis. Não vale a pena entrar em detalhes (…) Como podemos esperar a bênção de Deus para o nosso povo e nação quando estamos em confronto direto com Ele publicamente? Portanto, é fundamental compreender isso e reconhecer que, embora felizmente não tenhamos enfrentado situações de guerra, o terrorismo é uma ameaça que paira sobre nós. “Há possivelmente milhares de pessoas em Portugal que entraram ilegalmente em Portugal, e ninguém sabe quem são. Muitas delas podem ser agentes adormecidos, aguardando ordens para cometerem atos terroristas.”