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Comentário semanal do eurodeputado Carlos Zorrinho aos microfones da Rádio Campanário (c/ som)

A Revista de Imprensa desta terça-feira, dia 05 de julho, contámos com o comentário do eurodeputado Carlos Zorrinho do Partido Socialista. Os temas abordados no dia de hoje foram: a crise governativa provocada pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno dos Santos, a crise aeroportuária e o Sistema Nacional de Saúde.

Sobre o assunto da crise governativa, o eurodeputado socialista afirma que “o que aconteceu foi um curto-circuito de informação e que o que é importante é que esse curto-circuito de informação veio revelar uma coisa que é fundamental: temos de tomar decisões rápidas sobre o aeroporto. O Aeroporto Humberto Delgado já não dá resposta à necessidade que a nossa economia tem, que o nosso turismo tem, que as nossas viagens de negócios têm. Atrasamo-nos demasiado tempo e, é por isso também, que esse tema é sempre um tema tão quente cada vez que é falado”.

Carlos Zorrinho não poupou nas críticas ao recém-eleito líder do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, estranhando que o mesmo afirmasse que “ainda tinha de ir pensar e que não tinha ainda uma opinião para partilhar” sobre esta matéria e afirma que “mais do que um curto-circuito de informação temos todos a culpa de há 53 anos andarmos a discutir o novo aeroporto e não termos nenhuma solução”.

Confrontado sobre o facto do líder do PSD não ter sido, até agora, convocado para nenhuma reunião para discutir o assunto do novo aeroporto Carlos Zorrinho lamenta que Luís Montenegro, após o congresso, só tenha “dito aquilo que não quer”. “Não quer a regionalização, portanto, foi uma facada em muitos alentejanos que há muito tempo sonham com uma maior capacidade de podermos desenvolver a nossa região”.

Para Zorrinho, a solução para o Novo Aeroporto de Lisboa passa por, para já, “fazer uma pista no Montijo porque é a única que daqui a dois ou três anos funciona”. Quanto à localização do Aeroporto no Campo de Tiro da Força Aérea, em Samora Correia, no concelho de Benavente, Zorrinho reconhece que esta opção também é defendida por vários especialistas, mas para uma análise mais profunda seria necessário conhecer todo o dossiê em detalhe. 

Sobre a opção do Aeroporto de Beja, o eurodeputado socialista não considera que o aeroporto da cidade alentejana possa funcionar como o “hub nacional”, no entanto, é perentório em afirmar que “Beja tem há muitos anos viabilidade e que pode ser um aeroporto complementar em termos, por exemplo, de voos turísticos, de carga, de manutenção e desmantelamento de aviões” e só não o é porque, segundo o mesmo, “Beja foi incluído no pacote de venda da gestão dos aeroportos portugueses à VINCI e à VINCI não tem interessado um aeroporto que é competitivo e é concorrencial porque isso baixaria os preços dos outros aeroportos”. 

Ainda sobre as capacidades que o Aeroporto de Beja comporta, nomeadamente a de fazer poder aterrar o maior avião do mundo, o eurodeputado socialista referiu que “os estudos estão feitos e que há vários condicionamentos, nomeadamente de localização”, no entanto, reitera que “ninguém mais do que eu gostaria de ter um grande aeroporto em Beja”. “O importante é decidir o que pode ser decidido já e decidir o mais depressa possível o que é fundamental para as pessoas do país”, remata.

Ainda nesta Revista de Imprensa, e porque o tema está na ordem do dia, foram abordadas as fragilidades que o Serviço Nacional de Saúde tem enfrentado nos últimos tempos. Sobre a saúde, Carlos Zorrinho defende a qualidade de serviço do SNS afirmando que este “várias vezes que tem uma grande capacidade de resposta como teve quando estivemos na Pandemia”. Os  problemas que surgem em algumas especialidades como é o caso da Obstetrícia carecem de respostas “do ponto de vista estrutural”, conclui.

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