Chama-se Grupo de Cante Alentejano da Casa das Artes de Arraiolos. Nasceram há apenas 4 anos, numa zona onde o Cante Alentejano não tem muita tradição. Ainda assim, o seu percurso tem-se feito de bons momentos e da convicção de que é possível estimular este género musical no concelho.
Tony Valente, porta voz do grupo, em declarações à Rádio Campanário, à margem da inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Misericórdia de Évora, evidencia que tem sido uma “verdadeira aventura”.
O Cante Alentejano tem catapultado o Alentejo para o mundo, especialmente após a sua classificação como Património Imaterial da Unesco . Um género musical cada vez mais na moda , que representa um regresso às raízes, como provam as gerações mais novas cada vez apaixonadas por este cante.
O responsável aplaude o facto de nas escolas já se ensinar Cante Alentejano . Questionado pela Rádio Campanário sobre o que distingue o Cante Alentejano dos restantes estilos musicais, Tony é peremptório em responder que se trata de uma “polifonia diferente, cantada a duas vozes, com possibilidade para uma sobreposição de uma terceira voz, algo que não é comum nos outros cantes.
Apesar da explicação técnica, existem outras, sobretudo de carácter mais humanista. É que este grupo, composto por elementos de diferentes idades, entre os 50 e os 80, há algo em comum, visível quando se olha atentamente para as suas vozes e quando se sente o que cantam: cada palavra, cada nota musical que ecoa das suas vozes é Amor. Um Amor profundo pelo cante, pela sua história e sobretudo pelo Alentejo, a região que representam com “muito orgulho e emoção.”
