Marco Paulo tinha manifestado a vontade de doar à sua terra natal vários dos seus prémios, discos e até fatos usados em concerto, mas três meses após a sua morte não há qualquer evolução deste processo.
João Fortes, presidente do Município de Mourão, mantém “total abertura” da autarquia para receber o acervo do cantor de “Maravilhoso coração” e “Eu tenho dois amores”, disponibilizando o espaço para criar o museu, mas o processo de habilitação de herdeiros e as respetivas heranças têm mantido a autarquia afastada de qualquer conversação com familiares de Marco Paulo. Ainda assim, João Fortes recusa baixar os braços e vai tentar mais uma incursão.
Recorde-se que já Marco Paulo estava impedido de cantar por recomendação médica, quando à boleia de uma conversa com a colega Ana Marques, no programa “Alô Marco Paulo”, na SIC, o cantor revelou que ia doar o seu património artístico a Mourão. E até já sabia que o acervo iria resultar num museu num antigo lagar da terra onde nasceu e foi batizado com o nome de João Simão da Silva.
A Câmara admitiu, após a sua morte, que iria aguardar que se fizesse o luto pela morte do artista, que partiu dia 24 de outubro de 2024, para dar continuidade à vontade de Marco Paulo em doar parte do seu espólio ao Município.
João Fortes chegou a visitar a casa de Marco Paulo, tendo percorrido o espólio que o cantor queria oferecer a Mourão. Só não viu os fatos que o artista usava nos concertos, que também queria doar, mas viu os discos de platina, a medalha atribuída pelo o Presidente da República, fotos, e troféus.