O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Borba, Dr. Rui Bacalhau, destacou a importância da exposição de 15 magníficas obras de arte contemporânea, inaugurada no passado fim de semana na Igreja da Misericórdia. Este evento insere-se nas celebrações dos 500 anos da instituição, que se estenderão ao longo de todo o ano de 2024.
“Hoje é mais um dia marcante, é um dia em que devemos dar grande importância à parte cultural,” afirmou o Dr. Rui Bacalhau. “É para nós, de facto, um momento de grande alegria e também de grande reconhecimento, pois é uma exposição que foi promovida pela União das Misericórdias em cooperação com a Cooperativa Árvore do Porto.”
A exposição, que inclui uma primeira obra dedicada a Nossa Senhora das Misericórdias, bem como sete obras corporais e sete obras espirituais, representa um marco significativo para a Misericórdia de Borba. “Das poucas misericórdias que no território fizeram a coleção do princípio até ao fim, a Misericórdia de Borba foi uma dessas que se pode orgulhar de tal facto,” sublinhou o Provedor.
As obras foram adquiridas faseadamente, num processo que se iniciou em 2011 e culminou em maio de 2024. “Estas obras foram adquiridas faseadamente, com a União das Misericórdias e a Cooperativa Árvore perguntando às misericórdias interessadas, as misericórdias faziam a intenção e o compromisso de compra, e posteriormente haveria um sorteio,” explicou Dr. Rui Bacalhau.
A exposição apresenta obras de renome nacional, incluindo artistas como Bem Vindo Carvalho, Zé Emílio e Armando Alves. “Ao olharmos para as peças, ao olharmos para as obras, nós já sabíamos que elas tinham um valor bastante significativo. A arte é um pouco abstrata e hoje, expostas com a dignidade que estão aqui, também na nossa igreja, que foi renovada há cerca de 20 anos, ainda mais nos enche o coração,” acrescentou o Provedor.
Para Dr. Rui Bacalhau, a missão da Misericórdia vai além da gestão material. “Ao longo desta vida e que nós passamos pelas Misericórdias como órgãos sociais, a materialidade é pouco importante quando resolvemos problemas de muitas vertentes ao cidadão que nada tem. É muito mais importante dar de comer a quem não tem, dar de beber a quem não tem, acolher os presos, acolher todas aquelas pessoas que necessitam,” enfatizou.
O Provedor também destacou a importância dos colaboradores na missão da Misericórdia. “Os colaboradores são fulcrais para as Misericórdias, os colaboradores são fulcrais para o bem-estar dos utentes, é este triângulo que nós temos que fazer: os utentes, os colaboradores e a própria Misericórdia. Se o triângulo for perfeito, tudo é perfeito,” concluiu.
Com estas celebrações, a Santa Casa da Misericórdia de Borba não só homenageia os seus 500 anos de história, mas também reforça o seu compromisso com a comunidade, destacando-se como a principal empregadora do concelho e continuando a sua missão de caridade e apoio ao próximo.



