O setor da construção e remodelação em Portugal enfrenta uma crise de mão de obra, com quase 80% dos pedidos para alguns serviços na plataforma Fixando a ficarem sem resposta em 2024, segundo comunicado emitido. Os dados da plataforma de contratação de serviços revelam uma incapacidade crescente do mercado para responder à procura, o que inevitavelmente tem impacto sobre os preços praticados no setor com aumentos significativos no último ano. Os serviços de instalação ou substituição de calhas e toldos destacam-se como os mais afetados, com 79% dos pedidos registados na Fixando em 2024 a ficarem sem resposta. O restauro de móveis, com 74%, e os serviços de soldadura, com 70%, são também exemplos claros da falta de profissionais disponíveis para responder às necessidades do mercado. A falta de mão de obra tem sido mais evidente nos distritos do Interior do País, com o distrito de Bragança a apresentar a maior taxa de pedidos sem resposta, com 71%, seguido por Portalegre (67%) e Vila Real (66%). Castelo Branco, Évora e Beja registam também taxas superiores a 59%, um reflexo da dificuldade em atrair profissionais para estas regiões. De acordo com a Fixando, nos grandes centros urbanos, a situação é mais equilibrada: Lisboa apresenta a menor taxa de pedidos sem resposta, com 28%, seguido pelo distrito de Setúbal, com 32%, e Porto, com 33%. |
Falta de mão de obra no setor da construção acentua-se em Beja, Évora e Portalegre
