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Sexta-feira, Maio 23, 2025

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Imagina quantos ninhos de vespa asiática já foram destruídos no Alentejo? Nós dizemos

A má notícia foi dada pela subdiretora-geral de Alimentação e Veterinária. Segundo Paula Garcia, o combate à vespa asiática será muito difícil, numa altura em que várias experiências realizadas noutros países mostram que a erradicação do inseto que está a tirar a sono aos apicultores – e não só – será praticamente impossível. Mas qual é a realidade entre os três distritos alentejanos?


De acordo com a plataforma StopVespa, que congrega as ocorrências identificadas por cidadãos e municípios, entre a população do Alentejo continuam a aumentar os encontros com vespas asiáticas. Ou seja, os estudos realizados parecem indicar que esta espécie veio para ficar, depois de há menos de cinco anos se ter começado a instalar no Alto Alentejo, chegando hoje a registar avistamentos por quase toda a região. Ainda assim, o Baixo Alentejo tem escapado ao fenómeno.

Por distritos, Portalegre regista o maior número de casos, com um total de 168 ninhos destruídos, enquanto Évora soma 24. Ou seja, segundo os dados revelados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, até final de 2024, a região soma 192 destruições de ninhos.

Este progressivo aumento significa que teremos de nos habituar a conviver com esta praga exótica, traduzida num grande inimigo dos produtores de mel.

E o que levou a esta conclusão? Os especialistas explicam que a erradicação da vespa é quase impossível, porque o seu combate teria impactos ambientais muito elevados, como consequência da campanha de aplicação de produtos tóxicos que iriam destruir também outros insetos.

A alternativa passa por procurar desencadear uma estratégia de controlo da população, tentando reduzir ao máximo a praga, evitando que provoque os prejuízos que tem acumulado até aqui. É sugerida uma “estratégia regional harmonizada”, alertando as autoridades que não se deverá investir num plano em que cada município desenvolve o seu combate à praga de forma isolada.

A vespa velutina – vulgarmente conhecida como vespa asiática – começou já estender-se para sul, tendo há cerca de dois anos, dando os primeiros sinais no distrito de Évora, depois de ter começado por conquistar terreno em Portalegre.

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