O número de avistamentos de caravela-portuguesa (Physalia physalis) comunicados ao programa de monitorização de organismos gelatinosos na costa portuguesa (GelAvista), do IPMA, tem vindo a aumentar ao longo desta última semana, quer nos Açores, quer no continente, onde se verificam ocorrências desde Espinho a Sines.
O alerta foi esta sexta-feira feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Decordo com o IPMA, sendo esta a espécie gelatinosa mais perigosa que ocorre no país, importa ter presente os cuidados a adotar em caso de contacto acidental com uma caravela-portuguesa.
Assim, o Instituto deixa algumas recomendações:
• Lave a zona afetada cuidadosamente com água do mar sem esfregar;
• Remova possíveis vestígios da pele com uma pinça;
• Aplique compressas quentes (40º C) durante 20 minutos ou vinagre sem diluir;
• Procure sempre um profissional de saúde.
O IPMA alerta ainda que, caso detete uma caravela-portuguesa no areal ou no mar, não lhe deve tocar explicando que, localizadas nos tentáculos, as suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas, mesmo após a morte do animal.
O projeto de ciência cidadã GelAvista realiza, desde 2016, desafia os cidadãos a contribuirem para o desenvolvimento da ciência através da comunicação de avistamentos das espécies que ocorrem no país. Basta enviar a informação dos avistamentos através da App GelAvista (ver abaixo) ou para plancton@ipma.pt, partilhando o local, data e hora, o número estimado de organismos observados e, uma fotografia que permita a identificação da espécie (se possível junto de um objeto que sirva de referência de escala).
Foto: IPMA