Esta é a história do Núcleo de Andebol de Redondo contada pelo presidente do clube, Luis Faleiro. Fala-nos sobre o aparecimento do projeto na vila, que remonta ao ano de 1987, e as dificuldades de ter que praticar a modalidade a céu aberto durante 13 anos.
TEXTO | Filipe Trindade
Atualmente com 36 atletas nos quadros e a caminhar para os 38 anos de existência, o clube disputa as competições da Associação de Andebol de Setúbal. Segundo o dirigente, “a interioridade paga-se e isso é algo que as equipas do Alentejo pagam caro”.
“Iniciámos o projeto no clube de futebol, onde estivemos três anos com condições muito rudimentares”. “Começámos do zero e fomos crescendo. Jogámos num polidesportivo durante 13 anos à chuva e ao sol. Éramos o único clube com esse problema e só com o aparecimento e abertura ao público do pavilhão desportivo da vila no ano 2000 é que crescemos”, reforçou Luís Faleiro.
O presidente afirmou ainda que o crescimento do clube, quando foi criado, não era esperado e que a sua longevidade foi-se mantendo devido ao dinamismo criado. “Quando iniciámos o projeto nunca tínhamos pensado atingir este patamar, mas foi muito interessante por conseguirmos movimentar muita gente em torno do clube”, sublinhou.
“A Associação de Andebol de Évora tomou medidas e tivemos que ir jogar para um pavilhão de évora alugado para continuarmos a competir”, revelou o dirigente, acrescentando que “essa mudança deveu-se ao polidesportivo ter poucas condições, porque o polidesportivo não tinha as medidas oficiais para jogar”. “Treinar num polidesportivo e jogar num pavilhão começou a criar problemas a nós próprios, mas mesmo assim conseguimos ganhar a fase distrital e passar a uma fase nacional do escalão de juvenis”, afirmou.
Luis Faleiro finalizou ainda reiterando que “com a abertura do pavilhão de redondo ao público, o núcleo chegou a ter 122 atletas na época 2001/2002, só faltando o escalão de juniores”, acrescentando que “o boom deveu-se às crianças na altura quererem entrar num pavilhão e experimentar uma modalidade nova, o que possibilitou trazer mais atletas e fazer melhores resultados”.