Carlos Lourinho, avançado do Calipolense, despediu-se dos relvados este domingo, aos 42 anos, como melhor marcador da Série A da Liga AFE, com 16 golos. O “mágico”, como é conhecido, apontava todas as vitórias frente aos colegas nos treinos num caderno.
TEXTO | Filipe Trindade
Começou a jogar aos 8 anos no clube da sua terra, o Calipolense. Na formação passou por clubes como o Sport Lisboa e Évora, Campomaiorense e Juventude de Évora, antes de ingressar na “tropa”, obrigatória na altura. Como sénior, jogou no Calipolense, Elvas, Campomaiorense, Juventude de Évora e Canaviais, até aos 32 anos, quando acabou a carreira pela primeira vez.
Passados seis anos de se retirar, voltou aos relvados, aos 38 anos, e novamente no Calipolense. Desta vez com o objetivo de “oferecer um troféu ao pai”. Em três anos e meio de clube, não conseguiu essa proeza, no entanto, “sai de cabeça erguida e consciência tranquila” por tudo o que fez. “De certeza que o meu pai está orgulhoso do que alcancei desportivamente”, reforça.
Em relação ao caderno onde apontou todas as vitórias, Carlos Lourinho referiu ser tudo “imaginário” e uma forma de criar compromisso e responsabilidade aos colegas nos treinos. Apesar de tudo, o atleta revela que no balneário muitas vezes se diz que “o Lourinho não perde nas ´peladas´ há três anos e nove meses”, e que o caderno – ainda que só exista no seu imaginário – irá continuar aberto e será guardado junto a todas as recordações que tem do futebol.
“O maior troféu que ganhei foi todas as amizades que fiz ao longo da minha carreira”, finaliza.
Ouça aqui a conversa com Carlos Lourinho, no programa o Dia Seguinte da Rádio Campanário: