As mãos de Ana Rebocho nunca tinham tocado em olaria. “Pensava que não tinha jeito e achava que nos sujávamos muito”, refere. Até ao dia em que decidiu experimentar mexer no barro. Hoje diz-se uma orgulhosa representante da tradição secular que se funde com a célebre olaria de Redondo, sendo uma das alunas que este sábado apresentaram os trabalhos realizados no 2º Curso do CEARTE. À boleia de uma exposição em pleno Centro Cultural.
REPORTAGEM | Filipe Trindade
Ana Rebocho começou por aceitar participar no primeiro curso do CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património – há dois anos. E gostou. Tanto, que quis aprender mais, optando por se inscrever no segundo curso. “Correu muito bem. Esta aprendizagem foi gratificante para todos”, resume.
Francisco Rosado, mais conhecido como Francisco Tarefa, foi o formador do curso que terminou com dez alunos, mostrando-se “orgulhoso” em tudo o que os seus alunos realizaram em 75 horas de formação. Hoje admitiu que as suas alunas “vão seguir em frente”. Algumas até já adquiriram a roda.

Por seu lado, o vice-presidente da Câmara de Redondo, Pedro Roma, destacou que este curso permite garantir a manutenção da olaria, que é “reconhecida a nível nacional e internacional, com decoração única. Atravessamos um momento feliz, porque a nossa arte decorativa, os nossos desenhos, os riscados e cores foram adicionados à Lista Urgente de Salvaguarda do Património Nacional Imaterial”, assinalou o autarca.












