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O que petiscaram os “capitães de abril” na primeira reunião contra a ditadura? Foi no Alentejo

9 de setembro de 1973. Monte do Sobral, em Alcáçovas, Viana do Alentejo. Começava o Movimento dos Capitães, depois de uma primeira reunião clandestina que juntou 136 militares. Haviam de depor a ditadura menos de um ano depois.


Para evitar suspeitas, o evento foi minuciosamente preparado sob a capa de uma confraternização pelos jovens capitães  Diniz de Almeida, Vasco Lourenço, Rosário Simões, Carlos Camilo e Bicho Beatriz.

O Encontro de Évora (como ficou conhecido) tinha o objetivo de preparar um ato de repúdio que obrigasse o governo a rever dois diplomas promulgados nesse verão na tentativa de minimizar o problema da falta de oficiais nas frentes de combate em África. 

“Rezam as crónicas” que pelo Monte do Sobral decorreu um acalorado debate. Discutiram-se os problemas da classe e as consequências da aplicação da nova legislação. Os presentes decidiram-se pelo envio ao Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, de um abaixo-assinado pedindo a revogação dos polémicos decretos-lei e ressaltando a questão do prestígio das Forças Armadas. O documento integrou as assinaturas dos 136 oficiais presentes.

Mas qual terá sido o repasto neste encontro preparado no maior secretismo, distante dos olhares do antigo regime? Revelamos já: febras no pão. E porquê febras? Ouça aqui o resto da história:

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