Alentejo

Comentário Semanal do deputado João Oliveira, aos microfones da Rádio Campanário (c/som)

Revista de Imprensa Escrito por  30 Jun. 2021

Na Revista de Imprensa desta quarta-feira, 30 de junho, contámos com o comentário do deputado João Oliveira, do Partido Comunista Português (PCP).

Foram abordados alguns temas que marcam a atualidade: A presidência de Portugal na União Europeia que chegou ao fim, assim como a falta de resposta dos convocados para o processo de vacinação contra a covid 19 e o caso do acidente na A6 que envolveu o carro onde seguia o Ministro Eduardo cabrita e que provocou uma vítima mortal.

Em relação ao balanço sobre a presidência de Portugal na União europeia, o nosso comentador começou por referir que “ o balanço que pode ser feito não é muito positivo e esta presidência acabou por confirmar que o governo português é um governo alinhado com as orientações e as políticas da União Europeia e com aquilo que elas têm de mais negativo para os povos.”

Para o deputado João Oliveira houve um conjunto de oportunidades perdidas com esta presidência portuguesa, nomeadamente com o questionamento de algumas das políticas que estão na origem do agudizar das dificuldades que os povos vão enfrentando e o povo português não é exceção” acrescentando como exemplo “medidas que salientam a desigualdade de desenvolvimento entre países.”

Na opinião do nosso comentador perdeu-se também “uma oportunidade para a partir desta presidência portuguesa tivesse sido dada maior projeção à discussão de temas mais marcantes dos últimos seis meses “ salientando que “o Governo português preferiu manter-se na dependência dos grandes países europeus e não procurar convergência com outros países mais pequenos e com dificuldades mais próximas das nossas, para que elas pudessem ser ultrapassadas.”

O Deputado João Oliveira salienta em especial temas que deviam ter sido abordados nesta presidência e que não o foram, temas como “o PRR, o quadro financeiro 2021/27, a revisão da política agrícola comum, a aquisição de vacinas contra a covid 19 cuja limitação que a União Europeia continua a impor, entre outros.”

Sobre a Eslovénia, que será o próximo País a assumir esta Presidência, o nosso comentador referiu “não que o governo esloveno vá assumir uma postura muito diferente daquela que assumiu o governo português”.

No que diz respeito ao segundo tema hoje abordada e que tem a ver com o facto de cerca de 1 milhão de portugueses não dar resposta à convocatória para a vacinação conta a covid 19, notícia hoje em destaque na imprensa, o deputado João Oliveira considera que “esta informação pode ter sido encomendada, plantada, por quem quer desviar a atenção daquilo que é essencial “ referindo que segundo informação prestada à Assembleia da República, pelo responsável da Task Force,  é que no essencial, faltam vacinas, levando-me a perguntar se este milhão de portugueses tivesse respondido à convocatória o que é que acontecia.”

Para o nosso comentador o problema existe porque “o governo Português se limita às vacinas indicadas pela União europeia não adquirindo outras que já estão certificadas.”

No que diz respeito ao terceiro e último tema, o acidente que ocorreu na A6 e no qual seguia o Ministro Eduardo cabrita, tendo provocado uma vítima mortal, e havendo até este momento uma série de informação contraditória, de acordo com os comunicados emitidos pelo MAI e pelos esclarecimentos públicos por parte da BRISA, aos quais o MAI não respondeu.

Sobre esta matéria, o nosso comentador começou por referir “ que estamos a falar de uma tragédia, na qual se perdeu uma vida e que é preciso muito cuidado na forma como se aborda esta questão, e que não se aborde a mesma de forma sensacionalista ou exploradora de sentimentos porque há uma família a sofrer.”

Sobre este assunto referiu ainda que “estamos a tratar de um assunto que, pelo fato de ter havido um atropelamento e uma vítima mortal, tem que ser apurada do ponto de vista criminal, estando a correr um inquérito crime para isso mesmo”.

Para o deputado João Oliveira “envolvendo ou não envolvendo o Ministro da administração interna é importantíssimo que esse apuramento de responsabilidades e do que efetivamente aconteceu possam ser feitos pelas autoridades judiciárias com toda a seriedade e com todo o rigor, sem elementos de distração, de condicionamentos e de dificuldades.”

Para o deputado João Oliveira “declarações feitas na praça pública, seja pelo ministro, seja pelo gabinete do ministro, seja por quem for, eu diria que é de muito mau tom que alguém ande a fazer declarações aqui e ali e que a comunicação social ande depois a fazer a verificação” acrescentando “nós temos o Ministério público e as autoridades judiciárias para fazer esse trabalho.”

“A responsabilidade de qualquer pessoa, em 1º lugar, de titular de cargos em órgãos de soberania, de membros de gabinetes do governo, seja de quem for, é calarem-se, não fazerem declarações que possam criar dificuldades e ainda mais turbulência relativamente a uma situação como esta que aconteceu” concluiu acrescentando ainda que “é sempre muito mau quando surgem estas declarações em praça públicas que levantam dúvidas.”

 

 

 

 

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