Quando e como desconfinar? São as perguntas que os portugueses mais se fazem por estes dias, e o tema não poderia deixar de voltar a marcar a revista de imprensa desta terça feira, comentada pelo eurodeputado Carlos Zorrinho, a partir do Parlamento Europeu em Bruxelas.
“Vamos ganhar na primavera o verão”, considera Carlos Zorrinho ser essa a mensagem que as autoridades nacionais estão a pretender passar ao não quererem dar, para já, indicações de quando e como pode o país começar a desconfinar. No Natal a mensagem foi ao contrário e as coisas não correram muito bem, pelo que, acredita o eurodeputado, Governo e Presidente da República “temem agora que o anúncio do desconfinamento possa, explicita ou implicitamente, transmitir a mensagem de um certo alívio”.
Esta terça feira foi conhecida uma carta aberta subscrita por um grupo de especialistas, professores e pais a pedirem a reabertura urgente das escolas já a partir de 01 de março. Independentemente das datas, Carlos Zorrinho não tem grandes dúvidas de que “esse vai ser o caminho”, até porque na noutros países europeus “a reabertura também está a começar pelas escolas e pelos mais novos”.
Já sobre as denúncias de vacinação indevida, como as que são feitas pelos sindicatos da PSP, o eurodeputado lembra que “esses atos são crime e que quem tem conhecimento deles deve apresentar queixa”, até para que “possamos valorizar as coisas excecionais” que a europa e Portugal estão a fazer em matéria de vacinação.
Por estes dias o Plano de Recuperação e Resiliência, a famosa bazuca, está em discussão pública. “Um plano muito potente”, considera Carlos Zorrinho, sendo necessário que “todos se preparem e sejam exigentes” para que se possam executar essas verbas. Ainda para mais quando está 40% do atual quadro do Alentejo 2020 para executar e vem já aí o quadro Alentejo 2030. Conclui, por isso, o eurodeputado, que “não falta dinheiro. O que é preciso é ter ainda melhores projetos e melhorar os canais de comunicação para que esses projetos não acabem por definhar devido a uma tensão burocrática muito grande”.