Na revista de imprensa de hoje, 18 de Novembro, contámos com o habitual comentário do Eurodeputado do PCP, João Pimenta Lopes.
Os temas abordados foram a greve dos Professores e as expetativas nas negociações e o facto do poder de compra ter estagnado nos últimos 20 anos com os salários per capita dos portugueses a terem avançado 0,3% com o Ministro das Finanças a defender que a política salarial é a adequada a responder às necessidades.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do PCP começou por dizer ”veremos se as negociações chegam a bom porto pois infelizmente a resposta que o governo tem vindo a dar não tem sido no sentido de resolver os problemas com que a educação se confronta, nomeadamente a forma como se tem destratado os professores.”
Na opinião João Pimenta Lopes “tem se aberto um caminho de desinvestimento no setor público abrindo portas para o setor privado e pelo depauperamento de resposta no serviço público.”
O Eurodeputado considera ainda que “a situação se agrava com graves prejuízos no sentido pedagógico com turmas com excesso de alunos e a falta de professores.”
“Para lá das pessoas o que contam são as políticas, por isso se se mudar a cara do Ministro mas as políticas forem as mesmas de nada adianta” acrescentou ainda o eurodeputado que sublinhou “é necessário que o Partido Socialista assuma os problemas da educação e crie as condições com medidas concretas aos problemas existentes.”
Relativamente ao segundo tema, o Eurodeputado Comunista começou por referir “é uma resposta do Ministro das Finanças tão mais desadequada quando até a própria comissão europeia reconhece que há condições para um aumento de salários que não tem existido em Portugal.”
“O aumento dos bens essenciais cresceu 19%, a energia e combustíveis quase 20% e os salários reais perderam quase 5% do seu valor o que implica uma dupla penalização sobre a larga maioria dos trabalhadores portugueses” sublinhou ainda.