Na Revista de Imprensa desta sexta-feira, dia 07 de outubro, contámos com o comentário do Eurodeputado José Gusmão do Bloco de Esquerda.
Os temas abordados no dia de hoje foram: Governo prevê descida da dívida de 2023 para 110%, um valor pré-troika, alívio do IRS para salários entre 760 e 1000 euros assim como a subida do subsidio de refeição e das indemnizações por despedimento e a passo atrás dado pela TAP em relação à compra de uma nova frota automóvel.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do BE, José Gusmão, começou por nos referir “acredito nestas previsões, a economia portuguesa teve uma boa dinâmica de crescimento nos últimos tempos o que afeta muito o rácio da dívida, mostrando que esta é a melhor política para lidar com o problema da sustentabilidade da dívida.”
Para o nosso comentador “o crescimento significa um aumento da receita fiscal, uma redução da despesa e também atua diretamente no rácio da dívida.” Ainda assim refere “ o problema é que esse efeito é acompanhado de um outro que é o facto das receitas do estado estarem a aumentar bastante graças à inflação, mas o mesmo não acontece com os salários e com as pensões”.
Para o Eurodeputado do BE “este brilharete orçamental vai ser feito à custa do comprometimento das condições de crescimento futuro, não apenas ao nível dos salários e pensões, mas também ao nível do investimento público que no que toca ao orçamento de estado continua em mínimos históricos.”
No que diz respeito ao segundo tema , José Gusmão adianta “o aumento das indemnizações por despedimento é uma medida positiva, no entanto a subida do subsidio de refeição só será positiva se acompanhar a inflação, caso contrário será um corte.”
Por último e quanto ao terceiro tema, José Gusmão refere “a gestão pública tem que ser feita com muito critério porque o facto de haver práticas que são normais nas empresas privadas, não pode ser transportado para a gestão de empresas públicas, muito menos empresas públicas intervencionadas.”
“Aquilo em que a TAP tem que se concentrar é em prestar o melhor serviço público que for possível” acrescentou José Gusmão que termina sublinhando “não basta que as empresas sejam públicas, elas têm que ser geridas numa óptica de interesse público.”