Na Revista de Imprensa desta sexta-feira, dia 07 de outubro, contámos com o comentário do Eurodeputado José Gusmão do Bloco de Esquerda.
Os temas abordados no dia de hoje foram: Gasoduto Ibérico-há quem já o considere um disparate total, PJ investiga rede do Siresp e Ministro das Finanças admite risco com o Novo Banco e a Tap está em segredo no OE2023.
Em relação ao primeiro tema o Eurodeputado do BE começou por referir “não se percebe muito bem o que é que o governo português retira para o País deste acordo” pois como acrescenta “este é um acordo em que Portugal fica excluído, em que aceita que o Gasoduto vai mesmo ser bloqueado por França, ou seja, há uma desistência de uma infraestrutura que era absolutamente estratégica para o nosso país e para a própria Europa, em troca de uma solução que beneficia sobretudo Espanha , a França .”
O Eurodeputado sublinha ainda que “para Portugal a única coisa que sobra é o reconhecimento de que o gasoduto não vai acontecer e a desistência de toda a pressão que vinha sido feita no sentido de que a França tivesse o interesse europeu em linha de conta.”
Para José Gusmão “esta decisão só pode ser explicada por causa das ambições políticas de António Costa na União Europeia, nomeadamente a sua candidatura a um cargo de topo europeu.”
Quanto ao segundo tema , o nosso comentador começa por dizer que “ninguém ficou surpreendido” ainda assim refere “o que é preciso é que uma vez realizada a investigação, que a culpa não morra solteira.”
Já quanto ao terceiro tema, o Eurodeputado do BE começa por sublinhar “o que já vem no orçamento é a medida que permite às empresas deduzir até 65% dos seus lucros os prejuízos fiscais de anos anteriores” acrescentando “é uma medida técnica e pouco perceptível no seu impacto.”
José Gusmão não deixa contudo de referir que “esta medida vai ser uma borla fiscal gigantesca para uma série de empresas em Portugal mas para o novo Banco é o equivalente a uma nova injeção.”
No que diz respeito à TAP, José Gusmão adianta “nós somos contra o modelo da privatização porque a TAP tem um efeito estratégico na economia portuguesa” acrescentando “as empresas públicas devem ser geridas de forma diferente das privadas.”