Na Revista de Imprensa desta sexta-feira, dia 10 de março, contámos com o comentário do Eurodeputado José Gusmão do Bloco de Esquerda.

Os temas abordados no dia de hoje foram: Declarações do Presidente da República sobre a maioria do Governo do PS “uma maioria que nasce já com o desgaste dos seis anos de governo” e a greve dos Professores anunciada pelos sindicatos até final do ano letivo.

No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado dpo BE começa por referir “julgo que o balanço da Presidência de Marcelo Rebelo de Sousa reflete um pouco alguns dos tiques que se manifestaram também na entrevista que deu, nomeadamente o facto de ter uma longa carreira política, mas que incluiu uma tentativa falhada de ser primeiro ministro.”

Para José Gusmão “isto manifesta-se claramente na forma como exerce o cargo de Presidente da República , sempre com uma enorme ânsia de intervir um pouco para lá das suas funções.”

O nosso comentador critica o facto de Marcelo Rebelo de Sousa “as intenções de Marcelo Rebelo de Sousa de influenciar matérias da competência do Governo e da AR, isso tem prejudicado as relações com o Governo” acrescentando ainda “em alguns casos não tem mesmo a isenção que o cargo lhe exige, exemplificando com a caso da morte assistida.”

No que diz respeito ao segundo tema, o Eurodeputado do BE começa por referir “o que nós temos que analisar é que lugar queremos para a escola pública no nosso país” sublinhando “a escola pública é o principal instrumento de combate às desigualdades sociais, logo há que valorizar os seus profissionais.”

“Precisamos de um acordo estável para os professores e de recuperar o tempo de serviço” sublinhou ainda José Gusmão relembrando “é que neste país não se pode tocar nos direitos adquiridos de ninguém mas quando se trata de valorizar profissionais que lidam com serviços públicos essenciais para o País, nunca é possível concretizar essas políticas que são indispensáveis.”

No caso dos Professores, refere “acho que há um grande exercício de hipocrisia por parte da Direita; não nos esquecemos que no final do mandato da geringonça, o PSD que tinha assumido um compromisso com a recuperação do tempo de serviço dos professores, há última da hora traiu os professores e vem agora chorar lágrimas de crocodilo.”