Relativamente ao primeiro tema, o eurodeputado do BE começou por referir “eu penso que a proposta inicial do PS era uma proposta bastante insuficiente e agora está a ser essencialmente acordada com a direita e com a Iniciativa Liberal”.
José Gusmão critica “que estejamos a investir Património Público para promover arrendamento de curto prazo e depois a sua privatização” considerando ainda que “as propostas que eram mais interessantes, estão todas a ser esvaziadas de conteúdo.”
No que diz respeito ao arrendamento compulsivo “está em vias de ser alargado e a limitação do alojamento local está a ser alvo de uma campanha extraordinária da direita com base de que se está a proibir o AL quando na realidade o que se está a fazer é limitá-lo a percentagens que sejam manejáveis dentro das cidades.”
“Há uma campanha de intoxicação da opinião pública que já levou o PS a entregar esta questão ás Autarquias o que significa que as próprias Câmaras tratarão de matar essa medida” acrescentou ainda.
No que diz respeito ao segundo tema, e questionado sobre o empate técnico entre o PS e o PSD assim como a perda de 2 pontos percentuais do BE, José Gusmão referiu “eu não conheço a sondagem, não sei qual é a dimensão das flutuações nomeadamente nos partidos mais pequenos onde os intervalos de confiança são bastante importantes.”
Ainda assim, o nosso comentador refere “quanto à tendência de queda do PS, a explicação é muito simples: o PS provocou uma crise política em Portugal por não querer responder às questões dos trabalhadores e dos salários e às questões da Saúde.”
Para o Eurodeputado do BE “verificou-se entretanto que os salários estão a sofrer a maior desvalorização de sempre e o SNS está numa crise profunda, somando a isto os problemas da habitação” realçando ainda que “a conjunção de ausências de resposta sobre estas matérias e a ausência de resposta na questão dos Professores, leva a estes resultados.”
No que diz respeito à queda do Bloco de Esquerda , José Gusmão refere “nas sondagens o BE anda a flutuar entre os 5 e os 7%; os intervalos de confiança nestas sondagens são significativos e tal como não atribuo grande importância ás sondagens que demonstram uma subida do BE, também não atribuo grande significado para as sondagens que nos colocam a descer.”