Na rubrica de hoje foram abordados os se
guintes temas: alterações feitas pelo Governo no Sistema Nacional de Saúde, nomeadamente em blocos de parto que vão fechar no verão e o facto de o Primeiro Ministro não ter informado o Presidente da República sobre a intervenção do SIS.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado do CDS-PP começou por referir que “o Governo está a matar o Serviço Nacional de Saúde. Todos nós vivemos percebendo as vantagens da conciliação entre o SNS, o setor privado e o setor e o setor estatal, devem ser cooperantes e devem ser complementados. Infelizmente desde de 2015 e da afirmação de uma 'geringonça' em que a extrema esquerda condicionou muitas das decisões, este Governo quis resolver problemas que são estruturais, muitas vezes no SNS com ideologia, sem ter em conta que o sistema vive assente no esforço inacreditável de médicos, enfermeiros e técnicos de saúde e não fez as alterações que são precisas”
Nuno Melo acrescentou ainda que “todos os dias somos confrontados com casos de pessoas que morrem, que não conseguem primeiras consultas e de pessoas a quem não são executadas cirurgias que muitas vezes dependem para sobreviver, temos médicos e enfermeiros que saem do SNS para o setor privado porque são mal pagos, isto por causa de uma ineficácia total de quem tutela e não consegue fazer a diferença”.
Relativamente ao segundo tema, o Eurodeputado referiu que a sua posição quanto ao tema é que “o SIS mostra que, neste momento, a liberdade é um conceito muito relativo em Portugal. Isto pelo controlo partidário de instituições e pela introdução ilícita nas nossas vidas por parte do Estado. Num país democrático, os Serviços de Informação não acediam pessoas, não nos ligam para casa a meio da noite a pedir computadores, e isto a pedido de um Primeiro Ministro. Os Serviços de Informação não são uma polícia política, não estão ao serviço de governos ou de partidos, estão ao serviço do Estado”.
“A Razão pela qual o PM não demitiu João Galamba, está no facto de quem exigiu a intervenção do SIS foi o próprio PM. O Secretário Geral que manda no SIS, depende do PM com estatuto de Secretário de Estado.”, acrescentou.
O deputado do CDS-PP referiu ainda que “está em causa um equipamento do Governo, nas mãos de um adjunto de um Ministro, ambos escolhidos pelo PM. Alguma vez na vida, o SIS, num caso assim, sem conhecimento ou pedido do PM? É evidente que não.”.
Questionado se deveria ser criada uma Comissão de Inquérito para o ocorrido, Nuno Melo diz que “sim. Quando o SIS age assim é a democracia que está em risco e não podemos desvalorizar, tudo tem que ser conhecido. Eu tenho medo de um SIS assim, porque não tem um escrutínio que tem a PJ, a PSP ou a GNR, e é por isso que não pode agir em casos de polícia”.