Na Revista de Imprensa desta quinta-feira, dia 23 de março, contámos com o comentário do Eurodeputado Nuno Melo, do CDS-PP.
Na rubrica de hoje foram abordados os seguintes temas: a intenção do Primeiro Ministro em chamar as estruturas sindicais da administração pública para discutir aumentos salariais superiores aos que têm estado em cima da mesa; a notícia de corrupção que envolve 100 milhões de euros que envolve Jacques Rodrigues, da Impala e o falecimento do Comendador Rui Nabeiro.
No que diz respeito ao primeiro tema o Eurodeputado Nuno Melo começou por referir que “tudo o que seja, neste momento, pacificar a sociedade que está na rua através de uma atividade, mais do que sindical, uma atividade tem que tem como movimentos inorgânicos e muitas profissões descontentes com a situação do país, é relevante. Importante igualmente é que seja apenas um esforço cénico para mostrar ao país que o Governo se senta a uma mesa, sempre que depois da discussão não se fez escolha nenhuma. Eu com este governo prefiro ver resultados do que as proclamações, porque nós desde as eleições tivemos proclamações e quase nada se resolveu”.
Quanto ao segundo tema, Nuno Melo referiu que “a corrupção é um dos maiores cancros das democracias. Infelizmente temos um Governo que retira ferramentas importantes a quem tem que a combater. Neste momento o Estado de Direitos está a ser duplamente violado em Portugal, primeiro a lei de meta dados, que são dados de natureza digital, que são utilizados nas investigações criminais e foram utilizados em processos tão importantes como casos de corrupção, de pornografia infantil, burla informática, entre outros exemplos. Este governo insistiu numa lei de prova de meta dados que assentado numa diretiva que o Tribunal Europeu já tinha declarado inválida. Todos os partidos avisaram que se fossemos por aí, teríamos um problema grave. Neste momento temos vários processos a serem anulados, como por exemplo um responsável de cibercriminalidade do Ministério Público a dizer que há imensos casos de pornografia infantil, quer na fase de julgamento, quer na fase de instrução que foram anulados, outros têm que ser com as regras de nomeação de juízes e distribuição dos processos judiciais. A distribuição dos processos está a ser feita sem cabimento legal e, com isso, há crimes que podem prescrever em 2024, ou seja, temos notícias de corrupção e temos um Estado que quase parece legislado ou não legislado e a favor de quem comete os crimes em vez de dar meios a quem os investiga”.
“Eu sou a favor de tudo o que sirva para combater a corrupção, portanto o Governo, de forma muito fácil, consegue conformar a lei com aquilo que são as diretivas europeias, e não o faz, e o tempo passa e os processos são anulados”, acrescentou.
Quanto ao tema da morte do Comendador Rui Nabeiro, o deputado do CDS-PP deixou a palavra de que “o Comendador Rui Nabeiro é o paradigma do que deve ser um empresário, ou seja, uma pessoa que, por um lado, através do seu engenho, do seu trabalho e da sua capacidade de crescer na vida, distribui uma parte muito substancial de riqueza que cria, naquilo que é a responsabilidade social e que, para além do mais, nunca esqueceu a terra que o viu nascer. Acho que é um exemplo que deve ser realçado, porque são pessoas assim que fazem falta neste país e fazem a diferença neste mundo”.