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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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“Eu não sei se os clubes apareceram tarde porque se atrasaram ou por uma razão tática, subscrevem o requerimento e depois não querem estar presentes”, diz Carlos Almeida presidente da Assembleia da AFE (c/som)

Estalou o verniz na Associação de Futebol de Évora com os diretores a pedirem a demissão do presidente da Associação, Amaro Camões.

A assembleia geral extraordinária, marcada para o dia 10 de outubro, às 20 horas cujo único ponto da ordem de trabalhos era a análise, discussão e deliberação da proposta de destituição do Presidente da Direção da AFE acabou por não se realizar com os diretores dos clubes que subscreveram a convocatória a alegarem terem sido impedidos de entrar nas instalações da Associação pelo presidente da Mesa da Assembleia – Geral, Carlos Almeida.

À Rádio Campanário Carlos Almeida conta que “foi convocada uma assembleia geral extraordinária a pedido de 22 clubes, diz os estatutos que as assembleias devem ter inicio desde que estejam pelo menos metade dos associados, e como à 20h00 não estavam metade dos associados, a assembleia começa com qualquer número às 20h30, mas às 20h32 só lá estavam 17 dos 22 e a assembleia não se pode realizar”.

Carlos Almeida confirma que “o único ponto da ordem de trabalhos era a destituição do presidente, as pessoas têm que garantir o quórum mínimo, diz os estatutos, não estavam lá a horas não se pode fazer a assembleia, eu só a convoquei porque é da minha competência estatutária”.

“As renuncias devem ser apresentadas por escrito, não basta as pessoas dizerem”, refere o presidente da Mesa da Assembleia Geral da AFE sobre o anúncio dos diretores em se demitirem dos cargos que ocupam, “as pessoas não gostam do rigor e do formalismo, aqui em Portugal queremos sempre dois códigos, um para os outros e um para nós, e para discutir um assunto daquela especificidade, tenho que garantir o rigor da aplicação dos estatutos sob pena de amanhã se tomar uma qualquer deliberação e ser passível de recurso, ou de uma impugnação”, acrescentando, “os clubes apareceram tarde é um problema dos clubes, têm que aparecer mais cedo”.

Carlos Almeida continua, “eu não sei se os clubes apareceram tarde porque se atrasaram ou por uma razão tática, também já me disseram isso, subscrevem o requerimento e depois não querem estar presentes”.

“Eu não estou lá para defender ninguém estou para defender e representar os clubes, se fazem uma convocatória e depois não aparecem por qualquer razão, não foi pacifico, mas a verdade é essa, as pessoas não gostaram da minha atitude mas eu não tinha outra solução”, acusa Carlos Almeida.

A finalizar o presidente da Mesa da Assembleia Geral da AFE salienta que “a associação é o somatório dos clubes, nunca senti que a direção não estivesse com os clubes, nunca ouvi nenhuma razão de censura objetiva aos membros da direção, quem tem que resolver aquele problema ou é a direção ou é os clubes, estou cá para o que as pessoas quiserem e enquanto quiserem”.

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Contatado o presidente do Calipolense – Clube Desportivo de Vila Viçosa relativamente à sua posição sobre este caso, Artur Carapinha disse-nos que “não foi convocado nem teve conhecimento do documento apresentado pelos 22 clubes subscritores”.

Já Carlos Bacalhau, presidente do Barbus Futsal, em declarações à Rádio Campanário confirma que “o Barbus Futsal foi um dos clubes subscritores para a realização desta Assembleia Geral Extraordinária em que o objetivo era que houvesse uma reunião para se esclarecer o difícil momento que a associação atravessa e possivelmente a realização de eleições o mais breve possível porque como estão as coisas a funcionar não fazem sentido”.

Carlos Bacalhau conta que “quando chegamos estavam 7 clubes do lado de fora da porta, as portas da associação estavam fechadas, depois abriram-nos a porta e o presidente da assembleia fez questão de explicar, e bem o regulamento”.

O presidente do Barbus Futsal diz que “neste momento é curioso que esta direção está há 20 anos à frente da Associação de Futebol de Évora e agora chegou-se a este ponto em que passou-se a sensação que já não conseguem trabalhar juntos, os vice-presidentes pedem a demissão do atual presidente”, acrescentando, “houve esclarecimentos em relação a alguns dinheiros, alguns negócios, sobretudo em relação ao que tem havido da associação com os clubes e com os árbitros, foram levantadas várias questões financeiras, há um mau estar dos clubes e da arbitragem com o atual presidente e por isso pedem a demissão deste”.

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