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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Acabar com as touradas em Portugal “é um absurdo”, diz António Costa da Silva (c/som)

No próximo dia 06 de julho, os deputados da Assembleia da República vão discutir os projetos de lei do PAN, BE e PEV sobre as corridas de toiros. O projeto mais radical é apresentado pelo PAN, cujo diploma defende o fim das touradas em Portugal. Já o BE apresenta dois projetos de lei, um que pretende que as transmissões televisivas sejam acompanhadas de bolinha vermelha, e outro que proíba o apoio institucional à realização destes espetáculos. O mesmo sentido do diploma do PEV, que defende o fim do financiamento público, por quaisquer entidades, aos espetáculos tauromáquicos.

Questionado sobre estas matérias, durante a sua habitual revista de imprensa na Campanário, o deputado do PSD, António Costa da Silva, diz que “é um absurdo” querer acabar com a tauromaquia portuguesa. Confessa que ele mesmo tem sido “um dos deputados que tenho defendido a tauromaquia abertamente, sem quaisquer preconceitos”.

O social-democrata diz defender os espetáculos tauromáquicos “por várias razões”.  Por “razões culturais, razões de tradição, razões de identidade, razões também de diferenciação”, assim como “por questões de economia, que é uma economia muito importante”, ou “até por questões ambientais”. Pois, “as pessoas às vezes esquecem-se, que se nós não tivéssemos as touradas não tínhamos touros, o touro estaria em extinção e não teríamos certamente porque as ganadarias exigem muito espaço”, pelo que “não teríamos certamente a fauna e a flora que existem nas ganadarias”.

António Costa da Silva está “convencido que o PSD voltará a votar contra”. Mas vai ainda mais longe, considerando que “às vezes vejo um exagero muito grande em relação ao animal e não às pessoas”. Por outro lado, que “há muito preconceito” por parte de quem defende estes projetos, olhando-se para a “festa brava, como sendo uma coisa violenta, quando não tem nada a ver com violência”, mas sim “com uma tradição, uma cultura de um povo e que merece ser valorizada”.

Ao mesmo tempo, diz acreditar que “com o tempo haverá evoluções como já existiu no passado”, como “antigamente em Portugal os touros entravam de pontas e já não entram”. Mas a tourada “faz parte da nossa cultura, da nossa diferenciação”, uma vez que “se nós não tivéssemos uma tourada à portuguesa, era menos um aspeto cultural que nós tínhamos e que nos diferenciava de outros povos”.

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