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“Apenas uma ou duas pessoas sem-abrigo pernoitam no espaço preparado na cidade de Évora”, diz autarca (c/som)

No passado dia 07 de janeiro a Câmara Municipal de Évora decidiu ativar o Plano de Contingência para apoiar os sem-abrigo existentes no concelho, devido ao tempo frio, disponibilizando abrigo e alimentação, medida que entretanto foi prolongada.

O Plano Contingência para Pessoas Sem abrigo – tempo Frio prevê, para além de outras medidas, a abertura do Monte Alentejano onde os sem-abrigo poderão pernoitar e tomar as respetivas refeições.

Carlos Pinto de Sá, Presidente do Município de Évora, em entrevista exclusiva à Rádio Campanário, explicou que este Plano de Contingência “para além de disponibilizar um espaço onde os sem-abrigo possam ficar”, tem outra componente, “que vem sendo mantida ao longo do ano”, que são as “equipas de rua constituída por várias instituições”.

Essas equipas são do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) do concelho de Évora, que engloba representantes da ISS, I.P. – Centro Distrital de Évora; Câmara Municipal de Évora; ARSA/UCC; ARSA/CRI; CH de Évora da CVP; Associação Pão e Paz; CAT – CSP de S. Brás; APPACDM – Évora; SCM de Évora; Cáritas Diocesana de Évora e Habévora, que “asseguram, por exemplo, alimentação” pelos cerca de duas dezenas de sem-abrigo da cidade.

No entanto, apesar do espaço do Monte Alentejano, no Rossio de São Brás, estar preparada para os receber, “muitos destes sem-abrigo, não querem, não aceitam ter um tecto”.

Carlos Pinto de Sá explica que “já por várias vezes procuramos arranjar uma solução que agrade para poderem ficar debaixo de telha, não apenas durante o período do frio, mas na sua vida e sistematicamente recusam e é um direito que têm”.

O autarca afirma: “custa-nos vê-los na rua, temos condições para resolver o problema e encontrar-lhes um local, mas não tem sido fácil obter a sua anuência para resolver a situação”.

Quanto ao espaço do Monte Alentejano, o edil afirma que “só lá terá passado a noite uma pessoa ou duas, portanto, o espaço esteve disponibilizado, estava aquecido e tinha todas as condições. Por vezes utilizam-no para refeições, mas raramente utilizam para pernoitar”.

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