15.4 C
Vila Viçosa
Terça-feira, Abril 23, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Empresa de recolha e ajuda alimentar de Évora receosa face a um novo estado de emergência (C/SOM)

Foto: North News & Pictures ltd.

A Rádio Campanário esteve em entrevista com a Coordenadora da Re-food Évora, Sofia de Melo Breyner, mediante o acréscimo de familias a socorrer a apoios de organizações alimentares face à situação Pandémica.

“Temos tido bastante mais procura sobretudo de pessoas de classe média. Pessoas que viram os seus ordenados reduzidos ou até que ficaram sem emprego, e têm compromissos com prestações de casas ou outras despesas. E para colmatar as despesas de supermercado têm recorrido a nós.” Explica a Coordenadora da Re-food Évora à Rádio Campanário.

A organização Re-food é um movimento em prol da ajuda comunitária, que se rege pelo modelo social de recolher alimentos que ” os restaurantes, cantinas e hotéis não vendem, e estão em boas condições, e distribuímos pelas famílias,” também operando na recolha de alimentos nos supermercados, explica Sofia de Melo Breyner
Nós recolhemos, em atividade normal, tudo o que os restaurantes, cantinas e hotéis não vendem, e está em boas condições, e distribuímos pelas famílias.
Também fazemos recolhas [de alimentos] em supermercados.

A organização teve de encerrar o seu centro de operações em Março devido às condicionantes da pandemia lhes ter impedido de conseguir trabalhar. No entanto, foram atingidas parcerias com a Santa Casa da Misericórdia e com a Fundação Eugénio de Almeida “que criou uma cantina social fazendo com que todas as nossas famílias estejam a ser apoiadas através de lá,” esclarece a Coordenadora.

Questionada sobre a possibilidade do aumento de familias a necessitar de apoios sociais, caso um novo estado de emergência seja declarado, Sofia reforça “que sim, porque quando são afetados os empregos e os ordenados, não são só as classes mais necessitadas [que são afetadas]. Hoje em dia os ordenados são baixos e as pessoas vivem no limite, e quando há um corte, ele é efetivo. Penso que vamos ter muito mais pedidos. A realidade não vai ser boa.

Em Março, a Re-food suportava 48 familias, num total de 100 pessoas. Após terem sido acordadas as parcerias com SCM e a Fundação Eugénio de Almeida os números tornaram-se ainda maiores. “Quando estávamos a tentar estabelecer parcerias com essas organizações [em março], a Santa Casa estava a 50% da sua capacidade, e neste momento já excedeu a sua capacidade. A Pão e Paz na altura não tinha lista de espera, e neste momento já a tem.
E para nós, o apoio da Fundação tem sido essencial para a nossa sobrevivência,” explica Sofia.

A Re-food é um movimento sustentado por voluntários, muitos [deles] reformados e pessoas de risco. O centro de operações prevê reabrir em janeiro uma vez que vai ter um espaço maior, permitirá à organização ter mais gente a trabalhar ao mesmo tempo e dar uma melhor resposta às necessidades da população.

Populares