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Entrevista RC: “O mais difícil tem sido o isolamento, faz-nos falta conviver” diz idosa da Residência Sénior de Sousel (c/som)

Neste ano de 2020, devido à COVID-19, as tradições religiosas estão a ser reinventadas. É o caso da procissão de Nossa Senhora da Orada, em Sousel.

Este ano a imagem de Nossa Senhora da Orada percorreu as ruas de Sousel em charrete, convidando todos a enfeitar as suas casas para a passagem da imagem

Em declarações à RC, Francisca Santos, utente de uma Residência Sénior da Santa Casa da Misericórdia de Sousel, refere que viu com agrado este gesto da procissão passar em frente à residência pois “é uma rua onde pouca gente passa e estamos isolados e gostámos de ver porque lembraram-se que existíamos”.

Quanto à vida no lar durante o período pandémico refere que se tem sentido muito acompanhada e vigiada.

“Têm sido umas pessoas que nos têm protegido ao máximo, não deixando entrar ninguém que não sejam as visitas, mas que são controladas. Não houve caso nenhum aqui no lar e pedimos que não haja. Estamos muito vigiados e muito bem acompanhados, dão-nos um grande apoio e estamos bem”, afirma.

Francisca Santos e o seu marido, ambos com 88 anos, vivem neste lar há seis anos e explica que “nunca vivemos um momento destes tão ruim, é algo que não sabemos o que ainda há-de vir”.

Sobre os dias vividos na instituição afirma que o que mais custa é “o isolamento, porque antes podíamos sair, ia a minha casa e nunca mais lá fui desde março. O isolamento é algo que nos faz muito mal, faz-nos falta conviver”.

No seu dia a dia no lar revela que vive “muito isolada”, pois tendo o marido acamado no quarto, “vou ao refeitório e volto para o quarto por causa do meu marido, enquanto não estava acamado ficava também na sala”.

Porém, existe na instituição “uma animadora que nos dá apoio e a chefe é uma pessoa muito simpática e dá-nos apoio e ajuda no que é preciso, tem sido impecável. É muito bom ter esse apoio cá dentro”.

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