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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Esta parceria da EDIA com a Fund. Casa de Bragança é fundamental, porque V. Viçosa é uma referência de património cultural” (C/SOM)

Foi inaugurada esta quinta-feira, dia 30 de julho, no Castelo de Vila Viçosa, a exposição “Arqueologia nos novos caminhos da água”, que conta com a colaboração do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, da EDIA e do Museu da Luz.

A exposição contém peças cedidas pela EDIA e que foram encontradas nas intervenções arqueológicas levadas a cabo no âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, aquando da sua construção.

Na apresentação da exposição, Augusta Cachopo, do conselho de administração da EDIA salientou que a parceria entre a EDIA e a Fundação da Casa de Bragança é “fundamental”, visto que Vila Viçosa “é uma referência de património cultural”.

“Esta exposição de achados arqueológicos já esteve em vários pontos do Alentejo e agora está aqui em Vila Viçosa, com uma parte muito significativa daquilo que tem sido o nosso trabalho ao longo de mais de 20 anos”, conta a dirigente.

Augusta Cachopo conta que a EDIA já estudou “mais de 2 mil sítios arqueológicos” e que “nossa equipa está constantemente no terreno, a tentar e a juntar tudo o que é possível para alargarmos o nosso conhecimento e partilhá-lo com todos” e que o principal desafio é “articular todas as valências e, sobretudo, dar importância à questão ambiental e patrimonial. O Alqueva trouxe para todo o Alentejo uma visão de ambiente muito mais alargada e com uma importância muito maior, porque é preciso preservar e criar a tal sustentabilidade, que tanto se fala, a todos os níveis. E por isso é que é importante para nós todas estas atividades que fazem parte do Alqueva. O Alqueva não é só agricultura, é desenvolvimento também na área da preservação do património não só natural, mas cultural e arqueológico”.

Já a Diretora Regional da Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, destacou a colaboração com a EDIA, que “temos, felizmente, uma relação antiga e tem sido uma parceria muito positiva e, por isso, muitas vezes, além daquilo que seria o estritamente, digamos, obrigatório. Temos colaborado em muitos projetos e estamos sempre todos disponíveis para ajudar e colaborar e penso que isso também, não sendo uma atividade arqueológica ou patrimonial, também é uma boa prática”.

Ana Paula Amendoeira referiu que a Fundação da Casa de Bragança “é uma entidade importantíssima para nós, para quem tenha responsabilidades na área da cultura, em particular na região do Alentejo, é obvio a importância que a Fundação tem para a Direção Regional da Cultura do Alentejo e com o trabalho que desenvolve com todo o património que tem à sua guarda, que é riquíssimo e importantíssimo, não só a nível nacional como a nível internacional”. A Diretora Regional da Cultura do Alentejo falou ainda sobre a entrega da candidatura de Vila Viçosa a Património da Humanidade da UNESCO, destacando para além do Município calipolense “todas as entidades que, de alguma forma têm colaborado positivamente para que este processo pudesse ser entregue” e salientou que, caso venha a ser património da UNESCO não passa a ter mais valor, mas sim uma visibilidade que ultrapassa as fronteiras nacionais, uma responsabilidade acrescida e a Fundação da Casa de Bragança terá uma maior centralidade quando isso acontecer e a EDIA também, porque é uma entidade de vocação regional e só posso agradecer e dar-vos os parabéns pelo dinamismo, colaboração, pelas parcerias como também têm feito dentro da promoção da salvaguarda do conhecimento do património arqueológico da região.

Ana Paula Amendoeira referiu ainda que “temos outros exemplos que não podemos apresentar como boas práticas e para isso temos sempre lutado para que possamos colmatar muitas vezes até vazios legislativos que nos impedem de fazer o nosso trabalho de uma forma mais responsável, no que diz respeito à preservação do património arqueológico e da paisagem da região do Alentejo”.

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