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Sexta-feira, Março 29, 2024

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“Foi um mandato muito positivo e considero que qualquer autarca não deve estar mais de 10 anos no poder” diz presidente da CM de Estremoz(c/som)

 

Francisco Ramos, atual Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, não vai candidatar-se nas próximas eleições autárquicas de setembro de 2021.

À margem da inauguração do Centro Interpretativo de Estremoz, Francisco Ramos, em entrevista exclusiva à Rádio Campanário, adiantou que “já há quatro anos tinha anunciado que este seria o último mandato em que participaria.”

Em jeito de balanço do mandato que ainda decorre , em que assumiu os destinos da Câmara de estremoz depois de Luis Mourinha, presidente à data, ter perdido o mandato, o atual presidente da autarquia estremocense referiu que no tempo de mandato que exerceu, dois anos e meio, cerca de um ano e meio representou um período muito difícil considerando a pandemia de covid 19 que atingiu o nosso país e para o mundo, o que condicionou o Município trazendo alterações aos objetivos iniciais.

Francisco Ramos refere “ainda assim, acho que conseguimos por no terreno um conjunto de iniciativas  muito significativas, não apenas na perspetiva das obras, mas em outras áreas igualmente importantes “ acrescentando ainda em relação às obras  que “não fosse um atraso muito significativo de um visto do tribunal de Contas relativamente a um empréstimo por nós contratualizado, teríamos tido a possibilidade de ter concluído ou por em execução um conjunto de investimentos que só agora estão no papel.”

Mesmo com estas dificuldades “foi um mandado profícuo com resultados amplamente reconhecidos no concelho” sublinhando ainda “os principais investimentos que tínhamos em mente fazer ou estão concluídos, ou estão no terreno ou estão projetados e em desenvolvimento em termos administrativos.”

Para o edil o contexto de pandemia, embora não justifique tudo, “foram vividos momentos muito difíceis e muito complicados em termos de decisões políticas”, muitas vezes direcionadas  para objetivos diferentes dos inicialmente pensados assim como “ investimento com verbas que não estavam nos nossos planos.”

Em jeito de balanço, o autarca refere que este mandato foi “amplamente positivo “.

Francisco Ramos não deixa ainda de sublinhar que é um defensor da rotatividade pois acredita que é um princípio salutar da democracia “acrescentando “considero que qualquer autarca não deve estar mais de 10 anos no poder” assumindo-se por isso totalmente de acordo com a lei da limitação de mandatos.

Francisco Ramos vai mais longe e, em sua opinião, refere que esta limitação devia ser de apenas 2 mandatos e que cada mandato devia ter a duração de 5 anos e não de 4 como acontece atualmente.

“Na minha opinião deve haver renovação de visões, pessoas e de políticas” sublinhando para concluir “ a perpetuação no mesmo local, por muito tempo, não é desejável nem saudável para a democracia.”

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