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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Isto Basicamente é o Mesmo que Estarmos Fechados” Reage Restaurante Calipolense Ao Recolhimento Deste Fim de Semana (C/SOM)

A restauração Calipolense tem sofrido repercurssões muito graves com as novas medidas de restrição vindas com o novo Estado de Emergência. Este fim de semana passado, Vila Viçosa viu as suas ruas desertas e os seus restaurantes abandonados depois das 13 horas.

A Rádio Campanário esteve num dos restaurantes mais emblemáticos da Vila para saber as repercurssões deste novo confinamento no estabelecimento do senhor José Paulo Cuco, apropriadamente nomeado “Os Cucos”.

Para o senhor José, este confinamento obrigatório tem sido um desafio inigualável, segundo o propretário explica,”nós estamos aqui há 48 anos, e já passámos por várias situações complicadas desde a gripe das aves, às vacas loucas, à TROIKA há uns anos atrás, mas uma situação como esta, não me lembro de nada parecido. Isto é algo que está a passar tudo o que era expectável e está para continuar. As coisas vão-se complicar, pelo que a gente se está a aperceber.”

“Isto basicamente é o mesmo que estarmos fechados, porque fecharmos à uma hora implica, por si só, que o restaurante não tenho movimento”

As novas medidas restritivas de recolhimento obrigatório aos fins de semana dos concelhos de risco têm tirado a esperança ao setor da restauração. “Isto basicamente é o mesmo que estarmos fechados, porque fecharmos à uma hora implica por si só que o restaurante não tenho movimento. O movimento de balcão é muito reduzido e ainda por cima as pessoas também ainda estão confinadas, com medo de sair,” confessa José Paulo.

O proprietário de “Os Cucos”, sente-se inconformado com as medidas tomadas pelo Governo, segundo explica “isto basicamente estamos um fim de semana parados. Se há algum dia que seja menos mau, embora sejam todos maus, é o sábado e o Domingo. Nós estamos a cumprir com os regulamentos, com a lotação limitada, com o distanciamento de 2 metros entre mesas, estamos a cumprir com isso tudo, por isso também não estou a perceber qual é a intenção das pessoas que governam este país de fazer isto à restauração.”

“No primeiro confinamento pensei que era só uma fase má que estávamos a passar, depois realmente vieram dias melhores, só que, entretanto, vieram os dias péssimos.”

José acha que não será por os restaurantes estarem abertos que a situação pandémica se vai agravar. As repercurssões e as dificuldades vividas na vila Calipolense são intensificadas pela falta de visitantes à “Princesa do Alentejo” porque muitos dos negocios, como o restaurante do Senhor José, “vivíamos muito do turismo.”

Questionado sobre o medo de fechar a portas do seu restaurante face aos tempos difíceis que se avizinham, José conta que a sua casa “tem já uma estrutura de vários anos e consolidada, para além dos grandes castelos também caírem,” o proprietário não teme o encerramento. O que inquieta o negócio da mata de Vila Viçosa são os dias difíceis que se aproximam indefinidamente. “No primeiro confinamento pensei que era só uma fase má que estávamos a passar, depois realmente vieram dias melhores, só que, entretanto, vieram os dias péssimos”, confessa.

Face a uma possível recuperação do negócio no próximo mês, com as celebrações de Natal, José confessa que Dezembro costuma ser uma exceção na época baixa da restauração “quando há festas”. No entanto, com o cancelamento da maioiria dos eventos de Natal as esperanças são poucas.

Referente ao vislumbre de uma vacina num futuro próximo, José Paulo diz que “é bom que haja uma lufada de ar fresco neste tipo de situações”, pois o sentimento partilhado na vila Calipolense é que “isto tudo passe o mais rápido possível, para que nós consigamos ter muita gente em Vila Viçosa.”

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