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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“Mercados continuam em Estremoz, fechá-los retiraria a oportunidade a muitas famílias de ter o seu sustento”, diz Pres. do município (c/som)

No passado sábado realizou-se Conselho de Ministros onde foram definidas regras mais apertadas para o combate à COVID-19, sendo que 121 concelhos de Portugal foram reconhecidos como de maior risco e passando a ter regras mais rígidas a partir de amanhã, dia 04 de novembro.

Uma dessas regras era a não realização de mercados e feiras nestes municípios. No entanto, ondem o Governo recuou nessa decisão e decidiu deixar essa decisão para as autarquias.

O município de Estremoz está entre estes 121 concelhos de maior risco e a edilidade decidiu que irá manter os mercados.

Em entrevista à RC, o presidente da autarquia, Francisco Ramos, explica que essa proibição seria “um erro”.

O autarca refere que “possivelmente em termos de risco é pior o risco de irmos a supermercado fechado do que eventualmente estar no mercado de Estremoz, amplo e ao ar livre”.

Para o edil o importante é que os visitantes do mercado cumpram as regras da Direção-Geral de Saúde para que não haja riscos de contágio.

“Não faria o mínimo sentido o encerramento de feiras e mercados de levante quando são realizados como acontece no concelho de Estremoz”, frisa Francisco Ramos.

Assim, o autarca decidiu manter estes certames, explicando que a cada semana será feita uma avaliação da situação. Apenas é exigido “que sejam responsáveis”.

Numa altura de “normalidade” o mercado de Estremoz “é um local de passeio para várias pessoas, neste caso será um local onde as pessoas se vão abastecer e regressar aos seus municípios”.

O presidente estremocense esclarece que esta decisão foi tomada também a pensar nos vendedores pois “a fonte de rendimento que têm é a que resulta dos quatro mercados mensais que têm, se fechássemos o mercado era retirar a oportunidade a conjunto significativo de famílias de poder ter o seu sustento e era retirar a todas as pessoas a oportunidade de ter mais um espaço onde possam fazer compras. Quanto mais pontos de venda existirem maior será a dispersão das pessoas e os ajuntamentos serão menores”.

Acrescenta ainda que “muitos dos bens nos mercados são perecíveis e é um investimento de meses dos produtores que se não venderem agora não têm fonte de rendimento e oda a gente precisa de sobreviver”.

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