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”Queremos que, neste verão, os portugueses e estrangeiros que nos visitarem, possam fazer as autoestradas a usar o seu carro elétrico”, diz CEO da Brisa(c/som)

Hoje, dia 21 abril, a Rádio Campanário esteve presente na inauguração dos primeiros postos de carregamento ultrarrápidos instalados numa autoestrada portuguesa, que assinala o início do Via Verde Electric. A inauguração foi feita pelo presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima, em Almodôvar.

Face a 2019, o tráfego caiu quase 40%, e relativamente a 2020, quase 30%, informa o CEO da Brisa, acrescentanto que se trata de ‘’tempos muito exigentes, mas também desafiantes’’.

‘’Esta pandemia eu creio que também serviu para alguns temas ou alguns aspetos bons e positivos”, diz António Pires de Lima. Visto de fora, um deles foi o facto de que, com a pandemia, alguns temas, que já estavam presentes nas preocupações dos agentes públicos, na vida das pessoas, conheceram uma grande aceleração, nomeadamente ‘’os temas que têm a ver com a sustentabilidade e a digitalização’’, sublinha o presidente. 

”Hoje são os mercados, são os acionistas, são os investidores a porem nota forte na urgência de combatermos as alterações climáticas” diz o CEO, indicando que ”apesar de estarmos numa área crítica, para a Brisa, este desafio é um desafio bom”.

A Brisa foi considerada, em 2019 e em 2020, a operadora mais qualificada no ranking da GRESB. Um ranking que junta mais de 400 empresas de infraestruturas e que as qualifica do ponto de vista à sua responsabilidade social, à sua qualidade de governação, e, sobretudo, à nível de sustentabilidade ambiental, de acordo com o presidente. 

A Brisa ficou em 1º lugar em todas as empresas de infraestruturas europeias neste ranking da GRESB em 2019 e em 2020. É a operadora de autoestradas mais sustentável à nível ambiental, em todo o mundo. ‘’É portuguesa e vive a prestar um serviço ao público português há quase 50 anos’’, realça António Pires de Lima.

Do ponto de vista da pandemia, ‘’este foi um tempo que a equipa da Brisa aproveitou bem para tentar perceber que projetos podia lançar para melhorar as condições. ‘’Este projeto não nasceu ontem, foi sendo preparado num registo participativo e colaborativo com vários parceiros, para que o regresso às autoestradas e às viagens este verão pudesse ser feito em novas condições de mobilidade elétrica’’, explica o CEO.

Este desafio, da descarbonização mundial até 2050, ‘’é um desafio que apela à natureza humana, ao melhor da capacidade das pessoas, ao melhor da capacidade dos nossos governantes das empresas, porque é um desafio gigantesco. ‘’

‘’Em 2019, foram mais de 50 mil milhões de toneladas de gases com efeitos de estufa, que precisamos de reduzir até 0, até 2050’’, refere.

A nível mundial, cerca de 16% foram provocados na área dos transportes. Destes 16%, cerca de 50% são do transporte de veículos ligeiros e transporte de mota.

Segundo o CEO, em Portugal, o desafio é ainda maior, ‘’devido à forma como crescemos e ao facto de ainda não termos uma indústria tão competitiva como os países mais desenvolvidos.’’ Cerca de 24% de dióxido de carbono que emitidos em 2019 para a atmosfera teve origem nos transportes. Portanto. ‘’é um grande desafio que a Birsa agarra com toda a vontade, este desafio de na próxima década reduzirmos substancialmente a pegada de carbono na mobilidade, naquilo que diz respeito à área da responsabilidade que a Brisa abarcou, a área dos transportes’’.

Até 2030, no que depende da Brisa, ‘’nós temos como compromisso de reduzir como efeito da nossa atividade as emissões de dióxido de carbono em 60%’’. A Brisa vai abraçar um novo plano estratégico que, de momento, estão a desenhar e que será aprovado durante o próximo mês. O objetivo é ‘’até 2045, 5 anos da data limite a nível mundial, a nível europeu, a Brisa ter uma atividade que seja do ponto de vista das emissões de dióxido de carbono de emissão 0, completamente neutral’’, realça.

Para dar resposta a este desafio, ‘’nada melhor que corresponder aos tempos que estamos a viver’’, afirma. Segundo o CEO da Brisa, os portugueses estão crescentemente a comprar veículos elétricos, dado isto, é previsível que a cota de mercado de vendas de veículos elétricos ou híbridos em 2021 possa atingir próximo de 20% já no ano de 2021.

O CEO explica ainda que em Portugal ‘’há uma espécie de ansiedade elétrica’’, sobretudo nas deslocações urbanas, quando se trata de pegar no veículo elétrico ou híbrido e fazer viagens mais longas, ‘’porque nunca sabemos realmente com o que contar em termos de postos de abastecimento, de carregamento e também tempos de paragem’’, e acrescenta ainda que ‘’Não é conveniente pedir a um automobilista de elétrico que esteja 1h na autoestrada carregar o seu automóvel’’.

É nesse sentido que este projeto que vai permitir carregar os veículos elétricos num tempo máximo de 10 a 15min quase para a sua capacidade máximo. ‘’É um projeto absolutamente fundamental’’, sublinha.

‘’Nós queremos que neste verão, os portugueses e os estrangeiros que nos visitarem, possam fazer as autoestradas da rede Brisa de Valença até Faro, de Lisboa até Elvas, do Porto até Vila Real, podendo usar o seu carro elétrico, a sua viatura híbrida, sem qualquer espécie de ansiedade elétrica’’, destaca António Pires de Lima.

A rede terá 84 postos de carregamento, distribuídos por 21 áreas de serviço e que permitirá fazer o carregamento do automóvel num tempo normal de paragem.

O CEO da brisa agradece ainda, de forma particular, aos parceiros deste projeto: Mobi.E. e IMT, e também às empresas internacionais, IONITY e CEPSA. ‘’Se não fosse num registo colaborativo, de parceria, não teria sido possível desafiar, abraçar e executar este projeto neste tempo record’’, afirma.

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