O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo, António Ceia da Silva, está a realizar visitas a todo o território sob a sua alçada para conhecer de perto os projetos de cada município com verbas comunitários.
Na manhã desta sexta-feira, dia 06 de novembro, esteve em Elvas onde reuniu com o presidente do município, Nuno Mocinha, seguindo-se uma visita às obras em curso que têm o apoio de verbas comunitárias.
No final da visita, no Museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires, em declarações aos jornalistas, referiu que no seu entender “a CDDR e, nomeadamente, o que tem a ver com o PO [Programa Operacional] regional deve sair do seu edifício sede em Évora e ir ao território”.
Assim, em Elvas esteve na futura Escola Básica 2,3 Nº1 de Elvas e no Museu de Arqueologia e Etnografia, afirmando serem “obras de grande valor e uma mais valia para o território”.
Sobre o equipamento escolar garante ser “das obras mais significativas em termos de investimento e também do ponto de vista da educação e social”. Para o presidente da CCDR Alentejo “é sempre uma aposta certa apostarmos na educação e na valorização dos nossos alunos e, portanto, é uma obra única”.
Quanto ao museu diz não ter dúvidas “que será um museu premiado pela sua arquitetura, mas também pela forma como foi programado”.
Na reunião com o presidente do município falou ainda “sobre alguns aspetos de projetos que estão relacionados com a câmara municipal e que ainda estão para ser avaliados e tudo faremos para ajudar e colaborar com todas as autarquias do ponto de vista de acelerar a execução neste quadro comunitário. Ou seja, no PO vai haver uma aceleração daquilo que é os pagamentos e aquilo que é a taxa de comparticipação no sentido de podermos aumentar a taxa de execução. Para o nosso território é fundamental que tenhamos uma boa taxa de execução dos fundos estruturais”.
António Ceia da Silva explica que o plano 2030 irá iniciar-se em maio e há também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “que está em Bruxelas para ser aprovado, mas [que] o plano português foi considerado excelente pela União Europeia e a qualquer momento pode vir a ser executado”.
Quanto ao futuro dos projetos e ao que tem planeado enquanto presidente da CCDR Alentejo, afirma que, agora, “a grande tarefa é lutarmos em conjunto para que o Plano de Recuperação e Resiliência não seja apenas dedicado ao litoral e às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”.
“É com muito gosto que temos lá incluída a Barragem do Pisão, é uma grande vitória para a região e para o esforço que os autarcas fizeram. Quando os autarcas se unem em prol de objetivos comuns têm mais força e a CCDR está sempre disponível para estar ao lado dos autarcas nessa sua visão e nessa sua perspetiva”, frisa.
Refere ainda a importância da inclusão de outras obras no PRR e por isso “vou agendar conselho regional para novembro”, de forma a que obras como a ligação Sines-Caia “possa vir a ser concretizada”.
Explica que para que o Porto de Sines “seja um grande porto a nível internacional” terá de ter “acessibilidades à Europa e é pelo Caia que as terá”.
Sobre o trabalho da CCDR Alentejo garante que “quer construir com as 47 autarquias do território um grande movimento para que o Alentejo seja cada vez mais coeso, mais forte e que tenha mais força reivindicativa junto do poder central. Não nos podemos limitar àquilo que são os nossos deputados, temos de ter uma força e a CCDR tem de ser um organismo de coordenação política que possa ter essa interlocução com o Governo e exigir que algumas dessas obras possam vir a ser concretizadas”.