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Quinta-feira, Março 28, 2024

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“A compra da pedreira foi um negócio desastroso, já em 2021 se sabia os encargos que teríamos” diz Presidente da CM de Estremoz(c/som)

Tal como a Rádio Campanário noticiou, a principal entrada na cidade de Estremoz está cortada ao trânsito desde a passada quarta-feira devido à proximidade com uma pedreira.

A via em questão apresenta riscos de derrocada, conhecidos desde 2019, mas só agora foi tomada a decisão do seu encerramento. A Rádio campanário, à margem da inauguração realizada esta manhã em Estremoz, falou com o Presidente da CM; de Estremoz, José Daniel Sadio sobre o porquê da medida ter sido tomada apenas agora.

O Autarca começou por referir “ eu não vou fazer juízos de valor sobre o sentido em 2019 quando foram sinalizados riscos aqui” acrescentando ainda “quem estava geriu a situação como entendeu e fê-lo em consciência.”

Conhecedor dos riscos existentes, após a sua tomada de posse enquanto Presidente da CM de Estremoz, solicitou ao LNEC uma reavaliação do local e a resposta foi, conforme refere “muito clara, devíamos proceder ao encerramento da via o mais depressa possível e no prazo de 5 anos proceder ao aterro da pedreira em questão e foi o que fizemos”.

Segundo o Edil, o executivo “procurou soluções para o fazer de forma responsável porque ainda que o risco não seja iminente ele existe e se há riscos nós não os podemos ignorar e para mim não há nada mais importante que a vida das pessoas.”

Há uma certeza para José Daniel Sadio “não quero contribuir para que vivamos tragédias como a que vivemos num passado muito recente.”

A pedreira em questão, fica na Avenida de Santo António, com o número de cadastro nacional 177, foi adquirida pela Câmara Municipal de Estremoz em 2021.

Para o atual presidente da Câmara Municipal “não foi uma boa opção “realçando até ter-se tratado de “um negócio desastroso para o Município  sobretudo porque já se sabia por parte da DGEC que tinha que se fazer o aterro da pedreira e havia uma estimativa de quanto isso podia custar(à data cerca de 300 mil euros.).

A pedreira foi comprada pela Autarquia pelo valor de 20 mil euros e segundo o autarca “com os riscos existentes perdem-se esses 20 mil euros e ainda vamos ter um encargo estimado de meio milhão de euros para fazer a obra.”

Questionado quais os motivos que consubstanciaram a tomada de decisão da compra desta pedreira em 2021, e que estão devidamente documentados, José Daniel Sadio esclarece que foram apontados dois motivos: “um deles teria a ver com o facto de existir ali muita água e da mesma poder ser utilizada; o segundo foi que se cria fazer uma estrada de ligação por cima do estaleiro da CM para ligar à N4 e por isso, naquele prédio, havia uma parte substancial onde passa a estrada, era uma hipótese de não existir expropriação.”

 

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