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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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A economia social “não pode estar de mão estendida para o estado, é uma falta de dignidade do setor”, diz António Costa da Silva (c/som)

A UNITATE – Associação de Desenvolvimento da Economia Social organizou o Debate “A Concertação Estratégica no Território” que decorreu esta segunda feira dia 14 de outubro, entre as 10:00 e as 13:00, no Seminário de São José, em Vila Viçosa, marcando o início do Ciclo de Debates “Economia Social – Novos Desafios” e assinalando o 6º Aniversário da Instituição.

A Rádio Campanário acompanhou o debate e recolheu as declarações de António Costa da Silva, um dos oradores.

Para António Costa da Silva o debate foi “muito rico, muito interessante, com perspetivas muito diferentes, embora por vezes complementares”.

No essencial “estivemos de acordo que a economia social tem um papel determinante na sociedade”, exemplificando com o peso que esta economia “tem no emprego, no valor acrescentado bruto a nível nacional e ao nível da criação de riqueza”, declara.

António Costa da Silva refere ainda que “outro aspeto importante tem que ver com a questão das lideranças, da perspetiva de desenvolver projetos comuns”.

O ex-deputado do PSD pelo círculo eleitoral de Évora lembra que “no passado definimos uma estratégia regional que envolvia as entidades do terceiro setor”, acrescentando que “pretendíamos permitir avanços deste setor, infelizmente a região não aproveitou essa oportunidade”.

O não aproveitamento dessa estratégia levou a que “não se apresentassem concursos para equipamentos sociais”. António Costa da Silva considera que “nessa rede poderiam ter sido tomadas decisões no sentido que determinados equipamentos se implementassem no território, recorrendo a fundos comunitários”, exemplificando com as “unidades para doenças como o Alzheimer”.

António Costa da Silva refere que “em termos globais, penso que era importante que a economia social não pode estar dependente do estado”, acrescentando que “ao longo dos anos os orçamentos de estado têm cada vez menos dinheiro para a economia social, o que faz com que este setor esteja muito dependente e de mão estendida”.

“A economia social de mão estendida é uma falta de dignidade que é dada ao setor”
António Costa da Silva

O setor da economia social “protege os mais pobres, os mais fragilizados e não pode ser tratado desta maneira”, considera António Costa da Silva.

O ex-deputado considera ainda que “a questão da sustentabilidade tem de ser bem cuidada, permitindo que a resposta social seja mais efetiva”.

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