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Sexta-feira, Março 29, 2024

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“A qualidade dos textos aumentou exponencialmente o que tornou a nossa tarefa mais difícil,” diz membro do júri do prémio Literário Hernâni Cidade (c/som)

Decorreu esta tarde, a entrega do  Prémio Literário Hernâni Cidade, que conta com a sua 26º edição, pelo Município de Redondo, uma iniciativa promovida anualmente pela Câmara Municipal e que estimula a criação literária e o aparecimento de novos autores, entre jovens e adultos, homenageando em simultâneo a memória do professor e escritor redondense.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com José Calado,um dos memobros do júri, que é ainda composto pela professora Joana Caeiro e pela professora Aurora Costa.

José Calado começou por referir que “nos últimos dois anos, talvez motivado pela questão da pandemia, o número de participantes do Prémio Literário Hernâni Cidade subiu brutalmente.”

Nos últimos dois anos “tivemos um total próximo de mil participantes,” destacando que por isso, “estamos a falar já numa dimensão bastante significativa, mesmo a nível de outros prémios literários com alguma reputação a nível nacional e mesmo ibérico.”

Sobre o aumento do número de participantes, José Calado pensa que possa ter sido “motivado pela questão da pandemia,” explicando que, como “as pessoas estiveram mais tempo em casa e mais sensíveis,” poderão ter-se dedicado mais à “leitura e à escrita”.

Mas não foi só o nuúmero de participantes que aumentos, segundo o membro do júri também “aumentou exponencialmente a qualidade dos textos que nós tivemos em mãos, o que tornou a nossa tarefa mais difícil, “ acrescentando que “mas ao mesmo tempo, é muito regozijante poder analisar esses textos e depois definir, dentro dos critérios que eu e os outros dois membros do júri, acabámos por ter um enorme prazer em avaliar esta qualidade muito grande.”

Questionado sobre como é a tarefa de avaliar os textos, e quais os critérios que o júri segue, José Calado referiu que “não é fácil,” reforçando que “a qualidade é bastante grande e, depois, temos uma dificuldade que acaba por ser acrescida, que é o facto de termos muitos participantes que não são portugueses.”

Entre os participantes, refere que “temos muitos de países lusófonos,” como “brasileiros, angolanos e moçambicanos, e isso faz com que nós tenhamos que ter uma abertura muito maior, em termos de esquecer um pouco o português de Portugal” destacando que ” é muito importante para nós termos esta pluralidade.”

Sobre a forma como são selecionadas as obras, José Calado refere que “recebemos os trabalhos todos do município,” explicando que “todos ele vêm apenas assinados com um pseudónimo, não conhecemos a identidade de nenhum dos participantes,” e, depois “cada um de nós, isoladamente, faz uma classificação, seleciona alguns trabalhos, aqueles que considera merecedores de prémio e depois, reunimos e escolhemos os melhores.”

“Muitas vezes, felizmente como este ano, tínhamos vários trabalhos com muita qualidade e, para além dos três premiados, escolhemos uma série de menções honrosas”, conclui.

Consulte aqui os textos vencedores

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