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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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A reunião visou a gestão dos recursos, “não era para encontrar alternativas”, diz António Recto, depois de encontro com a Comissão Permanente da Seca (c/som)

Decorreu ontem, dia 26 de julho, em Évora, a primeira reunião da Comissão Permanente da Seca, com os municípios, tendo estado presente o Secretário de Estado do Ambiente, a Agência Portuguesa do Ambiente e a ARH.

António Recto, Presidente da Câmara Municipal de Redondo, um dos municípios afetados pelas medidas de contenção de consumo de água, falou à Rádio Campanário sobre esta “reunião de trabalho”.

“Nós temos aqui um problema muito sério”, declara o autarca, apontando que a escassez de água é um problema de toda a região Alentejo, mas que muito se faz sentir no concelho de Redondo. Isto deve-se ao facto de o concelho ser abastecido por águas superficiais, que para além de não ter capacidade para “suportar quatro anos de seca seguidos”, alimenta um grande perímetro de rega.

Na reunião, foi discutido o alargamento do grupo de trabalho, assim como o estabelecimento de reuniões periódicas “para irmos encontrando soluções em conjunto, para reduzir o impacto que podemos vir a ter nos meses mais próximos, com a escassez de água”, explica.

“Estamos todos em sintonia”, afirma António Recto, adiantando ainda que a reunião serviu para “encontrar formas de uma melhor gestão dos poucos recursos que existem, não era para encontrar alternativas”.

O autarca, declarando concordar com a poupança de água, afirma que “não há forma de dar volta a isto, sem passar pelo racionamento de água”.

Contudo, garante que “a água, no concelho de Redondo, não vai faltar nas torneiras”, avançando que não será necessário recorrer a cisternas para abastecimento de depósitos, uma vez que o município tem “outras alternativas” de fornecimento de água, que passam pela Barragem do Monte Novo.

Aponta a necessidade de envolver outros agentes na discussão, “em consonância”, avançando ter já reunido com a EDIA, e que brevemente reunirá com a direção da Associação de Regantes da Vigia, que tem o domínio da gestão da água da Barragem da Vigia.

Considera que estes últimos têm que participar na discussão, para uma compreensão, por exemplo, do ponto em que estão as produções, e se existe ou não a possibilidade de racionar a água do regadio.

Garante não abdicar das condições legalmente imposta à gestão da Barragem da Vigia, que definem a proibição da rega, caso não se verifique a garantia do abastecimento público por dois anos. “Como autarca, disso não abdico, tenho que ter garantias de abastecimento público”, declara.

O autarca diz ainda que “temos que envolver aqui as Águas de Lisboa e Vale do Tejo”, uma vez que a entidade “tem por obrigação, estatutariamente, fornecer água em quantidade e qualidade às câmaras, e disso também não abdicamos”.

 

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